Formigas
e suas interações com outros microorganismos
As formigas, apesar de apresentarem diversas
singularidades, também apresentam algumas características comuns à outros
animais. À nível de filo, as formigas fazem parte do filo Arthropoda, que é
dividido em 5 classes: Aracnídeos, Crustáceos, Quilópodes, Diplópodes, e Insetos. Algumas dessas características comuns
a todos os animais do filo são:
- Exoesqueleto resistente
- Pernas e outros apêndices articuladas
- Músculos desenvolvidos
Já à nível de classe, as formigas são classificados
como insetos, classe que abriga mais as seguintes características:
- Visão
binocular;
- Dois pares de asas;
- Peças
bucais aparentes;
- Corpo
dividido em cabeça, tórax e abdome;
- Um
par de antenas;
- Três pares de pernas.
O grupo dos insetos reúne um enorme número de microrganismos simbiontes que realizam associações, benéficas para ambas as espécies envolvidas, com microorganismos.
As formigas são o inseto mais numeroso, constituem
de 15% a 20% do total de animais presentes na Terra, distribuídas em todas as
regiões do planeta, exceto nas regiões polares. À nível de família, todas estão
inclusas em uma única família, a Formicidae. A quantidade de estudos
voltados para esses animais vêm crescendo e são denominados de mirmecologia.
Além disso, as formigas se organizam em castas, uma
divisão de tarefas de acordo com o tamanho e/ou idade do animal (determinados pelo tipo de
alimento que recebem nos diferentes estados larvares), resultando em: formigas obreiras, operários e
soldados. As obreiras são responsáveis pela procura
de alimentos, construção e manutenção do formigueiro e sua defesa, pois
não possuem asas, para maior mobilidade no formigueiro e são estéreis.
As operárias tomam conta da cria (ovos, larvas e
pupas), fazem a limpeza do formigueiro e coletam o alimento. Já as formigas
soldados guardam a entrada do formigueiro sem descanso.
A função da reprodução é realizada pela rainha e pelos machos. A reprodução é
feita durante o voo nupcial. A rainha vive dentro do formigueiro, é maior que
as restantes formigas, perde as asas depois de fecundada e durante toda a sua vida põe ovos. Os machos aparecem
apenas quando é necessário fecundar uma nova rainha, o que acontece durante um
voo em que participam milhares de fêmeas e machos alados; depois da fecundação, os machos não são
autorizados a entrar no formigueiro e geralmente morrem rapidamente.
Como as formigas passam a vida em contato com o solo, elas
deixam uma trilha de feromônio que pode ser seguida por outras formigas. Esse
comportamento ajuda as formigas a se adaptarem à mudanças em seu meio. Quando
um caminho estabelecido para uma fonte de comida é bloqueado por um novo
obstáculo, as obreiras o deixam para explorar novas rotas. Se bem sucedida, a
formiga retorna e marca um novo rastro para a rota mais curta. Trilhas bem
sucedidas são seguidas por mais formigas, e cada uma o reforça com mais
feromônio (as formigas seguirão a rota mais fortemente marcada). A casa é
sempre localizada por pontos de referência deixados na área e pela posição do
sol; os olhos compostos das formigas têm células especializadas que
detectam luz polarizada, usados para determinar direção.
As formigas usam feromônio para outros propósitos também. Uma
formiga esmagada emitirá um alarme de feromônio, o qual em alta concentração
leva as formigas mais próximas a um furor de ataque; e, em baixa concentração,
as atrai. Para confundir inimigos, várias espécies de formigas também usam
feromônios que os fazem lutar entre eles mesmos.
As
formigas são consideradas um vetor mecânico de alto risco em ambientes
hospitalares, embora isso não signifique falta de higiene. São importantes
vetores mecânicos também porque têm grande capacidade de veiculação de certos
microrganismos por fazerem relações parasitárias e mutualísticas.
Pertencentes à tribo
Attin, as formigas cortadeiras realizam interação mutualística com algumas
espécies de fungos. O material (alimento) coletado pelas operárias, serve de
alimento para o fungo, que posteriormente servirá de alimento para a formiga. Esse
mutualismo existe devido aos mecanismos de contenção de doenças entre os
membros da colônia, e também, contaminação por agentes patológicos e
saprófitos.
As
Glândulas metapleurais das formigas secretam compostos antissépticos e
há simbiose com bactérias secretoras de antibióticos que vivem associadas a
seus tegumentos. Não possuem uma camada de biofilme tão desenvolvida, porém
apresentam glândulas metapleurais mais preparadas para secretar compostos
antissépticos.
Bibliografia
- http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/doencas/formigas-veiculadoras-microrganismos.htm
- http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252012000300014&script=sci_arttext&tlng=en
- http://brasilescola.uol.com.br/biologia/insetos.htm
- http://www.infoescola.com/biologia/artropodes-arthropoda/
- http://www.infoescola.com/relacoes-ecologicas/simbiose/
- http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/formiga.htm
- http://www.rc.unesp.br/ib/ceis/mundoleveduras/2013/fcp-Biofilme%20protetor%20das%20Formigas.pdf
- http://www.rc.unesp.br/ib/ceis/mundoleveduras/2014/fungos%20endof%C3%ADticos%20e%20formigas%20cortadeiras.pdf
- Todos os sites acessados em 16/07/2017.
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