quarta-feira, 12 de julho de 2017
Resumo do Seminário sobre Micorrizas
• Conceito
O termo micorriza significa literalmente "fungo de raiz" e designa associações simbióticas entre fungos e raízes. Essas associações são mutualísticas, ou seja, tanto as raízes quanto os fungos são beneficiados. A maioria das pteridófitas, gimnospermas e angiospermas fazem esse tipo de associação.
• Como e quando ocorre?
Essas associações se estabelecem quando o fungo penetra no sistema radicular da planta, invadindo o córtex inter e/ou intracelularmente, estabelecendo relações tróficas com a planta.
• Para que servem?
Promove o crescimento das plantas principalmente porque sua hifa extramatricial aumenta a absorção de água e nutrientes, especialmente daqueles que se aproximam do sistema radicular por difusão, como o fósforo, o zinco e o cobre, de difusividade lenta, por causa do substancial aumento no volume de solo explorado. Estas hifas associadas com as raízes de plantas colonizadas por este tipo de fungos, além do maior volume de solo explorado, promovem uma superfície de absorção muito maior do que são capazes os pelos radiculares nas plantas não micorrizadas.
As micorrizas não aumentam o teor total de nutrientes no solo, mas permitem que a planta explore melhor as suas reservas. Nos solos de baixa fertilidade, a pouca disponibilidade de fósforo para as plantas implica na sua adição através de fertilizantes fosfatados. Neste caso, espera-se que as micorrizas contribuam para a econômia do fósforo na agricultura, através da obtenção de bons rendimentos com níveis moderados de adubação fosfatada.
Também auxiliam na proteção contra fungos patogênicos e pequenos vermes cilíndricos. Em troca, a planta fornece ao fungo várias substâncias orgânicas essenciais ao crescimento como carboidratos e vitaminas.
Estudos sugerem que estas associações foram muito importantes para a conquista do ambiente terrestre pelas plantas, pois na época das primeiras colonizações os solos eram muito pobres em nutrientes, então os fungos ajudavam na absorção de nutrientes.
• Quais os tipos de micorrizas?
Ectomicorrizas, em cuja associação os fungos penetram o córtex da raiz intercelularmente, formando uma rede, conhecida como "rede de Harting", e externamente formam um manto de hifas e rizomorfas, com profundas alterações morfoanatômicas na raiz. Ocorrem predominantemente em espécies arbóreas de clima temperado, especialmente coníferas, as quais podem se associar com mais de cinco mil espécies de fungos, na maioria basidiomicotina.
As ectomicorrizas apenas envolvem as células da raiz e algumas hifas a circundam, formando um tipo de manto. Esta associação possui um alto grau de especificidade, ao contrário das endomicorrizas. Os fungos que formam ectomicorrizas são ascomicetos e, principalmente, basidiomicetos.
Endomicorrizas - são as associações caracterizadas pela penetração inter e intracelular e ausência de manto externo.
são micorrizas que penetram nas células da raiz, porém sem penetrar no protoplasma, aumentando a superfície de absorção e trocas da célula. Também se espalham pelo solo que está em contato com a raiz, para aumentar a superfície de absorção. A maior parte das micorrizas (cerca de 80%) são endomicorrizas.
A endomicorriza pode ser divida em três
Ocorrem com três tipos de diferenciação: as micorrizas ericóides, associadas a raízes de plantas da ordem ericales e os fungos pertencem aos gêneros Pezizella e Clavaria; as orquidóides, associações entre as orquideaceas e fungos dos gêneros Rhizoctonia e Armillaria; e as Vesiculo-Arbusculares (MVA), Associações de fungos da família Endogonaceae (Zigomicotina) e a maioria das espécies de plantas vasculadas.
Grupo 3 : Caroline Lambket, Kevin Cristian, Mariana de Moraes e Samuel Simão.
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