O que é?
A
Gastrite é uma inflamação, infecção ou erosão que se localiza no revestimento
do estomago, que é a mucosa gástricas. Essa mucosa precisa desenvolver um ácido
chamado ácido clorídrico que serve para dissolver alimentos do estomago, mas
também tem a função de proteger está.
Um
enfraquecimento da mucosa pode levar a um desequilíbrio, abrindo espaço para o
surgimento de doenças como a gastrite, e se não for tratada o seu caso pode
agravar levando a uma úlcera ou câncer no estomago
Tipos:
A
gastrite pode se apresentar de 3 maneiras diferentes, se os sintomas duram um
curto intervalo de tempo é denominada gastrite aguda, quando persiste
por muito tempo, (até anos) é chamada de gastrite crônica, e também
existe a gastrite atrófica que é a gastrite aguda mas há perda das
células glandulares gástricas, que são substituídas por tecido fibroso.
Micro-organismo:
Essa fraqueza pode
ser causada pela bactéria Helicobacter pylori, que vive justamente no
revestimento do estômago.
Helicobacter pylori
A bactéria H. pylori é um bacilo gram. negativo, de forma curva ou
espiralar, cuja extensão varia de 0,5 a 1μm de largura e 2,5 a 5μm de
comprimento; possui de 4 a 6 flagelos revestidos partindo de um único polo,
sendo que cada um possui aproximadamente 30 μm de comprimento e 2,5 nm de
espessura.
Possui um genoma circular constituído de 1.667.867 pares de bases
de DNA. A análise de suas 1590 sequências indica que o micro-organismo possui
sistemas bem desenvolvidos pela motilidade, homeostase do ferro e para
restrição e modificação do DNA, revelando uma diversidade significativa em
muitas sequências gênicas, incluindo as que codificam a uréase, o flagelo, a
proteína vacuolinizante (vac A) e a citotoxina associada ao gene A (cag A), os
quais são considerados importantes fatores de virulência.
Como contrair?
Existem
algumas formas de contrair a gastrite, e para explicar melhor são apresentados
fatores de riscos relacionados a gastrite:
Fatores de risco:
- Analgésicos: o uso excessivo desses medicamentos prejudica
a produção de uma substância que ajuda na proteção do revestimento do
estômago
- Idade: quanto
mais velha a pessoa for, mais chances de desenvolver gastrite ela tem,
pois o revestimento do estômago tende a ficar mais flácido conforme os
anos vão passando. Além disso, adultos mais velhos também têm mais chances
de serem infectados por bactérias e vírus ou de desenvolver doenças
autoimunes que causam danos à parede estomacal
- Alcoolismo: o consumo exacerbado de bebidas
alcoólicas irrita o revestimento estomacal, o que eleva os danos causados
pelos sucos gástricos produzidos pelo estômago para a digestão
- Estresse: momentos de estresse também elevam os
danos causados à parede do estômago
- Doenças autoimunes: quando as células de defesa atacam as
células do próprio corpo, em vez de atacar e combater o organismo invasor,
nós chamamos de uma doença autoimune. No caso da gastrite, os anticorpos
atacam as células que compõem o revestimento do estômago. Geralmente, esse
é um problema que acomete pessoas já com distúrbios autoimunes
- HIV
/ Aids: pessoas infectadas com o vírus do HIV,
causador da Aids, apresentam falhas no sistema imunológico e estão mais
sujeitas à ação de bactérias e outros vírus. Pacientes diagnosticados com
a doença de Chron e com infecções provocadas por
parasitas também estão mais sujeitos a desenvolver gastrite
- Uso de drogas: fazer uso de algumas drogas, como
cocaína, também pode causar gastrite.
Sintomas:
Clássicos:
- Indigestão
- Queimação e azia
- Náuseas
- Vômitos
- Perda de apetite
- Dores abdominais.
Gastrite aguda:
·
Geralmente a pessoas com gastrite
aguda sofrem dores agudas e recorrentes nas
áreas abdominais e na parte superior do estômago.
·
Desconforto na hora das refeições
·
Inchaço estomacal, queimação e
problemas semelhantes.
·
Pode seguir de náusea, vômitos,
gases, perda de peso ou do apetite.
·
Sensação de estufamento estomacal.
·
Soluços e arrotos.
·
Alterações nos movimentos intestinais
e na aparência das fezes (que podem ficar mais escuras que o habitual, mas
também pode assumir uma coloração de alcatrão ou sangrenta).
Gastrite crônica:
· Perda de apetite.
· Mau gosto na boca.
· Constipação.
· Aumento do fluxo de saliva.
· Inquietação.
· Dores de cabeça.
· Palidez e fraqueza.
· Em alguns casos, perda de peso
Gastrite atrófica:
·
Na gastrite atrófico, com a mudança do forro
gástrico, surge o risco do surgimento da má absorção, deficiências nutricionais
e também o aumento de reações autoimunes.
·
Esses pacientes geralmente desenvolvem baixa
produção de ácido gástrico e hipergastrinemia. Que aumenta a possibilidade de
anemia e crescimento tumoral
·
Os sintomas podem surgir e desaparecer durante
várias semanas.
·
Caso eles persistam por mais tempo ou cause sintomas
mais graves como excesso de sangue nas fezes, talvez a gastrite possa ser
descartada, por isso consulte sempre o médico.
Diagnostico
Pode ser através de testes evasivos que incluem cultura,
histologia, teste rápido da urease e reação em cadeia da polimerase (PCR).
Todos necessitam da coleta de biópsia gástrica, obtida através da endoscopia
digestiva, um método invasivo não recomendável em populações pediátricas, o
especialista analisa o estômago por meio de um endoscópio, em busca de sinais
de inflamação. Em seguida, ele coletará pequenas amostras e as enviará para
testes em laboratório, que determinarão se há presença da bactéria ou não.
Os testes sorológicos são importantes e muito utilizados
em estudos epidemiológicos pediátricos na avaliação da taxa de prevalência da
infecção pela H. pylori, principalmente, no caso de indivíduos assintomáticos,
identificando anticorpos específicos à infecção por esta bactéria no soro, na
secreção gástrica, urina, saliva e outros fluidos.
Entretanto, os métodos sorológicos não devem ser
utilizados para monitorar a erradicação bacteriana, visto que, a sorologia não
reflete a infecção aguda e, sim, a exposição à bactéria.
O especialista também poderá optar por fazer um raio-X do trato digestório
do paciente em busca de anormalidades.
Tratamento:
O tratamento convencional de
Helicobacter pylori consiste na utilização de antimicrobianos, aos quais uma
minoria expressiva de pacientes não responde; deve-se considerar
custo-benefício, aceitando-se como razoável um número necessário para
tratamento de 1/15 ou 1/ 10, ou seja, poderá ocorrer remissão sintomatológica
em um a cada 10 ou 15 pacientes tratados.
Os medicamentos mais usados para o tratamento de gastrite são:
Somente um médico pode dizer
qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e
a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e
NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um
médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do
que a prescrita, siga as instruções na bula.
Você pode usar outro medicamento
de venda livre ou controlada que diminua a quantidade de ácido no estômago,
como:
- Antiácidos
- Antagonistas
H2
- Inibidores
da bomba de prótons (IBP), como omeprazol, esomeprazol, iansoprazol,
rabeprazol e pantoprazol
- Antibióticos.
Os antiácidos também podem ser usados para tratar a gastrite crônica
causada pela infecção pela bactéria Helicobacter pylori.
Prevenção:
Não exagere no consumo de
bebidas alcóolicas, não fume e não utilize drogas. Substâncias tóxicas causam
irritação ao estômago e podem causar gastrite.
Quanto à gastrite por H. Pylori,
não está claro ainda o que pode levar a uma pessoa contrair a bactéria, mas
estudos apontam que ela possa ser transmitida de pessoa para pessoa e por meio
do consumo de água e comida contaminados. Dessa forma, para evitar infecções,
mantenha sempre sua higiene pessoal em dia. Lave as mãos frequentemente e não
leve as mãos à boca quando estiver na rua.
Bibliografia
Este trabalho foi feito pela aluna da BM 161 Gabriella Medeiros de Oliveira. Devido a dificuldades técnicas esta sendo postado por mim!
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