segunda-feira, 17 de julho de 2017

Leptospirose

Por Ana Carolina Ramos da Silva

A leptospirose é uma doença causada pela bactéria Leptospira interrogans, um espiroqueta aeróbico, encontrada, na maioria das vezes, em urina de ratos, porém pode ser encontrada na urina de outros animais, por isso pode ser chamada de zoonose. Também, animais como bovinos, suínos, cães, podem contrair as doenças, e desse modo, transmitir a doença facilmente para seres humanos, porém é pouco provável a transmissão de um ser humano para outro ser humano. A leptospirose está muito presente em países com pouco desenvolvimento, onde apresentam condições precárias de saneamento, pode-se pensar, basicamente, no tratamento não adequado de lixo, água e esgoto. A pele e as mucosas são portas de entrada para a Leptospira interrogans, se houver arranhões a contaminação se torna mais favorável. 




Histórico

Em 1881 o Doutor Weiss descreveu a doença causada pela Leptospira interrogans, que por fim foi chamada de leptospirose e em 1886 a doença teve a sua descrição oficial por Adolf Weil, na Alemanha. Em 1907, um rim infectado foi examinado e descobriram microrganismos que foram estudado por Weil. Inada e Ido, em 1915 foram os pesquisadores que identificaram a bactéria Leptospira, e Uhlenhut e Fromme provam, através da inoculação do sangue de pessoas suspeitas de estarem doentes, a existência da Leptospira. Um grupo de pesquisadores composto por Miyajima, Ido, Hoki, Inada e Wani provam que animais como o rato podem ser os causadores da transmissão da doença, em 1917, no Japão.

Sinais e sintomas
A doença leptospirose consiste em duas fases, a primeira que dura de 3 a 7 dias. Mostrando sintomas febre, náuseas, vômitos, mal-estar e dores no corpo, principalmente na região da panturrilha, dessa forma, pode ser confundida, enquanto não houver um diagnóstico exato, com a dengue, malária e gripe. Nessa fase, é possível isolar a Leptospira no sangue. A segunda fase pode ser considerada fase imune da doença, que dura de 5 a 30 dias. Essa fase se tona mais grave pois pode acarretar graves sintomas como desidratação e toxinas decorrente do sistema imune podem lesar o endotélio vascular gerando um aumento na vasodilatação e assim, aumentando a permeabilidade.

Diagnóstico
O diagnóstico da doença tem como base os sintomas, porém, por ser tão parecida com outras doenças é necessário um estudo laboratorial do paciente. No laboratório pode-se usar diversos métodos para chegar ao diagnóstico. Pode-se fazer um isolamento da Leptospira em um meio de cultura, porém não o mais usado por demandar muito tempo. Usa-se o método de ELISA, um ensaio imunoenzimático, que gera um bom resultado, exceto na fase aguda, e o tempo para obter os resultados é menor. O PCR também é um bom método, porém o alto custo faz com faz com que não seja muito usado. A aglutinação microscópica (MAT) é o melhor método para se detectar a presença de Leptospira no sangue de um paciente. A MAT é realizada a partir de amostras de sangue retiradas do paciente, onde deveram ser coletadas 2 amostras no intervalo de duas semanas entre elas. Obtém-se um resultado positivo quando percebe a presença de quatro vezes mais de anticorpos ao valor de referência. Foi encontrada, pela Sociedade Internacional de Leptospirose, uma taxa de falso-negativo de 13% quando o método de MAT é usado. Um sinal de que o paciente está com leptospirose é a presença de hipocalemia no organismo.

Tratamento
Não há tratamento exato para a leptospirose, os estudos ainda estão em andamento, porém antibióticos como a penicilina são usados no tratamento da doença. Outra maneira de melhorar o quadro da doença é com a hidratação, por conta da diarreia a água é um fator importante no tratamento da leptospirose.
No caso de animais foram desenvolvidas vacinas para que o animal não desenvolvesse a doença, porém, se contaminados não há empecilhos para que passem a doença por meio da urina.

Referências
- (BHATI, A.R. et al., 2003; KOIZUMI, N.; WATANABE, H., 2005a; LEVETT, P.N., 2001).
- (FRANCESCO, E. D.; ABREU, K. L. S.; SILVA, G. B. J. Insuficiência renal aguda associada à leptospirose, 2010; Fortaleza – Ceará – Brasil.)

- (BROD, C.S.; FEHBERG, M.F. Epidemiologia da leptospirose em bovinos. Ciência Rural, Santa Maria, v.22, p.239-45, 1992. )

Este trabalho foi feita pela aluna Ana Carolina Ramos da Silva da BM161  que estava tendo problemas técnicos para postar... por este motivo foi e postado por mim!

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