quarta-feira, 12 de julho de 2017

Resumo da Apresentação sobre Biorremediação

Grupo 2 - BM151


 A Biorremediação ou então Biotecnologia do Controle da Poluição é o processo no qual os organismos vivos como plantas ou então microrganismos são utilizados para remover ou reduzir as concentrações de poluentes no ambiente aonde estes são encontrados.
Atualmente, este método de remover concentrações de poluentes tem sido recomendado pela comunidade científica, devido ao fato de não causar poluição secundária, ou causar menos poluição. São métodos que podem ser implantados em águas superficiais e subterrâneas, solos e efluentes industriais.
A Biorremediação pode ser empregada para atacar contaminantes específicos no solo e águas subterrâneas, tais como a degradação de hidrocarbonetos do petróleo e compostos orgânicos clorados (como o DDT) pelas bactérias. O processo se dá pelo fato de microrganismos substratos orgânicos e inorgânicos, como exemplo o carbono como fonte de alimentação. Desta forma, convertendo os contaminantes em água. Por ser um processo natural, promove um tratamento adequado ao meio, seu custo é relativamente baixo quando comparado a alternativas de tratamento de resíduos sólidos além de incrementarem a velocidade do processo de natural degradação.
Trata-se de um processo ou estratégia que busca desintoxicar o solo ou outros ambientes contaminados fazendo uso de micro-organismos (fungos, bactérias, etc) e de enzimas. Baseia-se no processo de degradação microbiana e reações químicas combinadas com processos de engenharia, a fim de que os contaminantes sejam transformados, não oferecendo riscos ao ambiente e às populações que ali habitam. Três aspectos devem ser considerados:

• A existência de micro-organismos com capacidade catabólica para degradar o contaminante.

• O contaminante tem que estar disponível ou acessível ao ataque microbiano ou enzimático.

• Condições ambientais adequadas para o crescimento e atividade do agente biorremediador.

Objetivos
O processo tem como objetivo promover a restauração do equilíbrio ecológico em determinado ambiente que foi afetado pela poluição. Além disso, visa proteger as espécies preservando a cadeia alimentar em todos os níveis trópicos.


As etapas para definição e implementação da Biorremediação:

· Avaliação da natureza de um ambiente contaminado (solo, água, sedimento)

· Caracterização da contaminação (natureza do composto, quantidade, distribuição)

· Planejamento do tipo de biorremediação (análises, biológicas, geológicas, geofísicas, hidrológicas)

· Decisão por biorremediação – in-situ ou ex-situ

Tipos de biorremediação:

In situ

Biorremediação in–situ – O material é tratado no mesmo local, não precisando assim, fazer o transporte do material a ser tratado. É um dos meios mais efetivos de biorremediação por não requerer escavações e causar mínima ruptura de atividade de superfície, porém é mais lento. A biorremediação in-situ no tratamento de solos oferece a vantagem de não ser necessária a remoção e o transporte do material contaminado, ou seja, permite o tratamento de grandes áreas e tem custo menor. Porém exige maior tempo de tratamento e apresenta menor flexibilidade para o tratamento de grande número de contaminantes e tipos de solo.

Técnicas no meio in-situ:


Bioestimulação – a bioestimulação tem como objetivo aumentar a atividade microbiana, a fim de estimular atividade dos microrganismos ao se adicionar nutrientes orgânicos e inorgânicos no local degradado.


Bioaumentação – É o processo pelo qual usa microorganismos com o objetivo de degradar os agentes contaminantes e diminuir a toxidade do material. Consiste  na introdução do solo  microorganismos selecionados para degradação do contaminante específico. São utilizados microrganismos com alto potencial de degradação dos agentes contaminantes.


Atenuação Natural: é também chamada de “biorremediação passiva ou intrínseca”. Nesse caso, a descontaminação é lenta sendo necessário o monitoramento do local por um longo período. 

Ex-situ:

A biorremediação ex situ é indicada nos casos em que há risco de alastramento da contaminação e quando não é possível o tratamento no local, por exemplo, dificuldade de acesso ao local. Tratamento do material contaminado num local diferente de sua origem. Nesse caso, elaé utilizada quando há risco de propagar rapidamente a contaminação.

Técnicas no meio ex-situ:

Compostagem: utilizada para tratamento do solo contaminado. Geralmente, o solo é removido do local e colocado em forma de pilhas. Os microrganismos vão transformar a poluição em matéria orgânica, gás carbônico (CO2) e água (H2O).

Biorreatores: uso de grandes tanques fechados, onde se coloca o solo contaminado e mistura-se com água. Cerca de 10% a 40% dos resíduos sólidos são suspensos, sendo aerados através do sistema de rotação.

Formas de biorremediação:
A biorremediação pode ser encontrada em diferentes categorias, dentre elas temos:

·    Fitorremediação: Técnica de biorremediação que recorre ao uso de plantas. Exemplo, na despoluição de um solo contaminado com zinco.

·   Biorremediação Bacteriana: Processo de biorremediação que recorre ao uso de bactérias. Exemplo, despoluição da água contaminada com nitrato.

·   Biorremediação Enzimática: Técnica da biorremediação em que são utilizadas as enzimas produzidas por seres vivos para degradarem poluentes. Exemplo, análise de parâmetros físicos e químicos.

Fitorremediação: nesta técnica, são utilizadas plantas que estimulam atividade dos microrganismos no local degradado. Essa técnica é geralmente utilizada quando o local está poluído por metais pesados.



·         Vantagens

Diversa vantagem se tem no processo de biorremediação:
- Biodegrada substâncias perigosas em vez de apenas transferir o contaminante de um meio para o outro;
- Baixo custo podendo chegar à 85 % no investimento;
- É possível tratamento no local;
- Produtos utilizados não apresentam risco ao meio ambiente e não são tóxicos;
- Trata resíduos considerados de difícil degradação.

Os benefícios como podemos ver, são inúmeros ante os impactos ambientais gerados principalmente pelos processos de incineração, aterro e lavagem do solo.

- Na indústria, os processos se tornam mais limpos, através do uso de plantas de biodegradação que atuam nos compostos mais difíceis.
- Na aquicultura, promove a rápida decomposição de materiais como a amônia, nitrito e nitrato.
- Nos setores municipais, estabiliza condições através de eliminação de odores e redução de formação de espuma em estações de águas residuais e de tratamento de esgoto.
- Nos setores comerciais, previne o entupimento das caixas de gordura e fossas ocasionados por graxas, óleos, gorduras e proteínas fibrosas.
- Na agricultura, acelera , estabiliza e desodoriza a compostagem de resíduos animais, lodo de esgoto, polpa de alimentos, etc.
- Na residência, acelera a destruição de compostos causadores de odor e outros materiais em sistemas sépticos.

Desvantagem:

Vale lembrar que na biorremediação nem sempre o resultado é a descontaminação total. Se não for bem feito, o processo pode contaminar uma área muito maior, com resíduos ainda mais tóxicos. Em um processo de biorremediação é preciso também destruir os demais metabólitos resultantes do processo de degradação, induzindo a ação sequencial de outros microrganismos, o que precisa ser realizado por pessoas que tenham esse conhecimento.

Aspectos Biotecnológicos

Este estudo apresenta um grande potencial biotecnológico, uma vez que a remediação utilizando microrganismos apresenta menor agressão a todo ecossistema envolvido, visando uma série de benefícios para o meio ambiente. Com o avanço da biotecnologia, seleção de genes e introdução de novos genes em microrganismos pode ser uma estratégia eficaz nas etapas de isolamento, melhoramento e obtenção de cepas e linhagens com habilidades de remoção de metais pesados em ambientes aquáticos. O uso de um fungo filamentoso (A. nidulans) e de um fungo leveduriforme (S. cerevisiae) como cepas controles permitirá a comparação do desempenho destes e dos fungos isolados frente aos íons de metais pesados, além de servirem como modelo de transformação para os ensaios de melhoramento genético dos fungos quanto a sua capacidade de adsorver metais pesados.

Bibliografia

·         PORTAL EU GESTOR. Biorremediação: conceitos e vantagens. Disponível em: <http://eugestor.com/editoriais/2014/09/biorremediacao-conceitos-e-vantagens/>. Acesso em: 05 jul. 2017.
·         AGSOLVE. Biorremediação é solução eficaz para contaminações. Disponível em: <https://www.agsolve.com.br/noticias/biorremediacao-e-solucao-eficaz-para-contaminacoes>. Acesso em: 05 jul. 2017.
· BIORREMEDIAÇÃO. Definição. Disponível em: <http://biorremediacaobyomega.blogspot.com.br/2011/11/biorremediacao-e-o-processo-no-qual-se.html>. Acesso em: 05 jul. 2017.
· ESTUDO PRÁTICO. Biorremediação. Disponível em: <http://www.estudopratico.com.br/biorremediacao-objetivos-funcionamento-e-aplicacao/>. Acesso em: 05 jul. 2017.
· TODA MATÉRIA. Biorremediação. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/biorremediacao/>. Acesso em: 05 jul. 2017.
·         GAYLARD, Christine Clayre; MANFIO, Maria De Lourdes Bellinaso E Gilson Paulo. Biorremediação. Biotecnologia, Ciência e Desenvolvimento, [S.L], n. 34, p. 36-43, jan./jun. 2005.
·         PEREIRA, Aline Ramalho Brandão; DE FREITAS, Diego Antônio França. Uso de micro-organismos para a biorremediação de ambientes impactados. Electronic Journal of Management, Education and Environmental Technology (REGET), v. 6, n. 6, p. 995-1006, 2012.

·         BIORREMEDIAÇÃO DE SOLO CONTAMINADO POR ÓLEO VEGETAL UTILIZANDO A BIOAUMENTAÇÃO COM Bacillus subtilis.

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