Microrganismos
endofíticos, geralmente fungos e bactérias, são combinações de microrganismos e
plantas que vivem sistematicamente no interior das plantas inclusive em raízes,
que são, aliás uma das principais portas de entrada, sem causar aparentemente
dano a seus hospedeiros.
Esses microrganismos começaram a ser estudados
no início do século XIX, Primeiramente diferenciados dos fitopatógenos em 1866,
por Bary, e a partir de 1970 sua importância para o hospedeiro passou a ser
pesquisada. Acreditava-se que estas interações levavam à formação de lesões nos
tecidos vegetais. Mais recentemente, vem sendo registrada a presença de
microrganismos no interior de tecidos vegetais sadios, abrindo novas
perspectivas para o estudo da interação planta/microrganismo.
Atualmente sabe-se que
os endófitos produzem toxinas, bioindicadores, biorremediação de solos
contaminados com poluentes, agentes de controle biológico de pragas e doenças,antibióticos
e outros fármacos de interesse biotecnológico.
Aspecto
biotecnológico
Os
cientistas descobriram que endófitos produzem produtos bioativos que são
potencialmente benéficos para a indústria, medicina e energia. Uma amostra
de Hypoxylon de uma nativa perene das Ilhas Canárias, chamado Persea
indica, e cultivada em um laboratório de reprodução, os resultados indicaram
que não só os compostos orgânicos voláteis proporcionam proteção
antimicrobiana, mas há também uma idade específica em que eles são mais
eficazes.
Neste estudo, as culturas de seis dias de idade
exibiram inibição máxima 8 de 10 patógenos. As capacidades inibitórias dos
compostos orgânicos voláteis apoiam a idéia de que o fungo tem sido capaz de
manter este nicho específico por causa da proteção que ele oferece.
A gama de compostos orgânicos voláteis que o Hypoxylon produz também é significativo. Um importante composto conhecido como 1,8-cineol tem uma estrutura especial que significa que poderia ser utilizado como combustível. Este composto e a maioria dos compostos produzidos por Hypoxylon são classificados como monoterpenos ou seus derivados.
As enzimas especializadas que Hypoxylon usa
para produzir 1,8-cineol habilita processos químicos complexos que são difíceis
de reproduzir em laboratório e, portanto, difícil de adaptar para produção em
massa de monoterpenos para o combustível. Estudar esse processo poderia levar a
melhores maneiras para projetar o fungo para maiores rendimentos de
hidrocarbonetos.
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