quarta-feira, 12 de julho de 2017

Resumo de microrganismo endofíticos - MicroLokos


Microrganismos endofíticos, geralmente fungos e bactérias, são combinações de microrganismos e plantas que vivem sistematicamente no interior das plantas inclusive em raízes, que são, aliás uma das principais portas de entrada, sem causar aparentemente dano a seus hospedeiros.
 Esses microrganismos começaram a ser estudados no início do século XIX, Primeiramente diferenciados dos fitopatógenos em 1866, por Bary, e a partir de 1970 sua importância para o hospedeiro passou a ser pesquisada. Acreditava-se que estas interações levavam à formação de lesões nos tecidos vegetais. Mais recentemente, vem sendo registrada a presença de microrganismos no interior de tecidos vegetais sadios, abrindo novas perspectivas para o estudo da interação planta/microrganismo. 

Atualmente sabe-se que os endófitos produzem toxinas, bioindicadores, biorremediação de solos contaminados com poluentes, agentes de controle biológico de pragas e doenças,antibióticos e outros fármacos de interesse biotecnológico. 

Aspecto biotecnológico
         Os cientistas descobriram que endófitos produzem produtos bioativos que são potencialmente benéficos para a indústria, medicina e energia. Uma amostra de Hypoxylon de uma nativa perene das Ilhas Canárias, chamado Persea indica, e cultivada em um laboratório de reprodução, os resultados indicaram que não só os compostos orgânicos voláteis proporcionam proteção antimicrobiana, mas há também uma idade específica em que eles são mais eficazes.
            Neste estudo, as culturas de seis dias de idade exibiram inibição máxima 8 de 10 patógenos. As capacidades inibitórias dos compostos orgânicos voláteis apoiam a idéia de que o fungo tem sido capaz de manter este nicho específico por causa da proteção que ele oferece.

           A gama de compostos orgânicos voláteis que o Hypoxylon produz também é significativo. Um importante composto conhecido como 1,8-cineol tem uma estrutura especial que significa que poderia ser utilizado como combustível. Este composto e a maioria dos compostos produzidos por Hypoxylon são classificados como monoterpenos ou seus derivados.
          As enzimas especializadas que Hypoxylon usa para produzir 1,8-cineol habilita processos químicos complexos que são difíceis de reproduzir em laboratório e, portanto, difícil de adaptar para produção em massa de monoterpenos para o combustível. Estudar esse processo poderia levar a melhores maneiras para projetar o fungo para maiores rendimentos de hidrocarbonetos.

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