segunda-feira, 9 de abril de 2018

Grupo 5 - Análise de Placa

Dentre as três placas de Petri contendo meio de cultura estéril abertas em diferentes ambientes contaminados durante a primeira aula prática, esta foi escolhida, sendo uma placa de outro grupo selecionada de forma aleatória. Foi observada a presença de três colônias de tamanho médio, duas com formato arredondado nas cores amarela e laranja (mais centralizadas) e uma segunda com formato irregular amarela ( localizada na parede da placa de Petri), além de uma colônia maior com formato irregular laranja e outras dez colônias arredondadas pequenas espalhadas pela placa, sendo três brancas, quatro amarelas, uma avermelhada, e duas sutilmente alaranjadas. Foi feita a coloração de Gram em uma lâmina e a mesma foi observada em um microscópio. Após a análise não foram encontradas bactérias na lâmina, não permitindo assim a identificação das bactérias presentes na placa de Petri.

Agar Sal Manitol - GRUPO 5

  O Agar Sal  é utilizado para o isolamento selectivo de estafilococos e para a
detecção de Staphylococcus aureus provenientes de amostras clínicas.


Classificação: 

É utilizado como meio de cultura de enriquecimento

Composição química:

Peptona de caseína         5,0g/l
Peptona de carne             5,0g/l
Extrato de carne               1,0g/l
D-Monitol                          10,0g/l
Cloreto de sódio(NaCl)     75,0g/l
Vermelho de fenol            0,025g/l
Agar                                   15,og/l
Água destilada                    q.3.p
Ph final                                7,40 (+-0,20


Utilização do meio:

  Ágar Sal Manitol é um meio de cultura, muito usado para o isolamento de Staphylococcus aureus de amostras biológicas como urina, secreções, feridas e exudatos. Também usado na indústria alimentícia para o isolamento e identificação de estafilococos em líquidos e produtos lácteos, carnes e derivados, incluindo conservas e pescados.

Precauções :
  Apenas para uso profissional. Não utilizar as placas que apresentem sinais de contaminação microbiana, descoloração, secura, fissuras ou outros sinais de deterioração.

Armazenamento e Prazo de Validade::
  Após recepção das placas, conservar no escuro a uma temperatura entre 2 e 8°C, dentro do invólucro original até ao momento da utilização. Evitar congelar e aquecer excessivamente. As placas podem ser inoculadas até ao prazo de validade e incubadas durante o tempo de incubação recomendado.





Célula Procariótica- GRUPO 5


A célula procariótica tem diversas funções e estruturas presentes, como foi executado o desenho em sala de aula, a seguir iremos descrever cada estrutura e sua determinada função presente nesta célula.

Parede Celular
A parede celular, pela sua rigidez, forma um estojo que estabiliza a forma característica da célula, protegendo-a de agressões externas, nomeadamente das variações de pressão osmótica.Com exceção das bactérias halófilas, metanogénicas ou temoacidífilas (que se classificam como Arqueobactérias), o composto principal da parede bacteriana é o peptidoglicano. O peptidoglicano constitui assim o monómero de uma densa rede macromolecular.
Esta estrutura de base da parede das bactérias é mais ou menos importante e completada por constituintes variáveis, mas específicos de cada espécie bacteriana. A composição e a estrutura da parede celular determinam o comportamento da célula face a um dos métodos de coloração bacteriológicos: a coloração de Gram. Distinguem-se deste modo dois grupos principais de bactérias: as bactérias gram-positivas, que se deixam corar pela coloração de Gram, e as paredes das bactérias gram-negativas.
Membrana externa
A membrana externa é uma dupla camada, contendo fosfolipídeos e proteínas e apresentando, em sua camada externa, o lipopolissacarídeo.
Entre suas funções, a membrana externa representa uma barreira molecular, prevenindo ou dificultando a perda de proteínas periplasmáticas e o acesso de enzimas hidrolíticas e certos antibióticos ao peptidioglicano; possui receptores para bacteriófagos e bacteriocinas e participa da nutrição bacteriana.
Material genético
Diferente da célula eucariótica, o material genético da célula procariótica esta disperso no citoplasma, este material genético é formado apenas por um filamento de DNA circular. Uma vez que o seu núcleo está separado do resto do organismo por uma fina camada protetora, aquele filamento encontra-se completamente misturado ao hialoplasma celular.
Flagelos
Sendo grande a diversidade do Reino Monera, encontram-se bactérias que possuem características muito diversas. Algumas são dotadas de capacidade de locomoção. Para tanto, dispõem de um ou mais flagelos, com cerca de 20 nm de diâmetro. As espiroquetas possuem um conjunto vasto de flagelos, enrolados externa e helicoidalmente em volta da célula, denominados flagelos periplasmáticos.
Os flagelos estão ancorados através de uma estrutura que atravessa a parede celular, o espaço periplasmático e a membrana plasmática, designada por corpo basal. Sobre este corpo basal atua um motor molecular, igualmente ancorado na membrana plasmática.
Ribossomos
Os ribossomos são as estruturas nas quais são produzidas as proteínas das células. Encontram-se livres do citoplasma tanto nas células eucariontes como nos procariontes. Os ribossomos possui funçao na célula realizando a síntese de proteínas
Fímbrias
Fímbrias são apêndices filamentos presentes em bactérias. Estes apêndices são menores, mais curtos e mais numerosos que os flagelos. São muito importantes, pois possui função de aderência.
Pílus
Os pílus são microfibrilas protéicas que se estendem da parede celular em muitas espécies Gram-negativas. Têm funções de ancoramento da bactéria ao seu meio e são importantes na patogénese. Um tipo especial de pilus é o pilus sexual, estrutura oca que serve para ligar duas bactérias, de modo a trocarem plasmídeos.
Glicocálise
Glicocálise é uma matriz extracelular, uma camada externa à membrana, presente formada por glicolipídios, esfingolipídios, glicoproteínas e proteoglicanos.
O glicocálice apresenta diversas funções importantes para a célula, sendo uma delas a proteção contra lesões de natureza química e mecânica. Esses carboidratos também evitam ligações indesejáveis com outras células e ajudam na movimentação graças à sua capacidade de adsorver água.
Plasmideo
Os plasmídeos (ou plasmídios) são moléculas extracromossômicas circulares de DNA bacteriano. Essas moléculas destacam-se por sua capacidade de duplicação independente, ou seja, são capazes de se replicar independentemente do DNA cromossomal. Por esse motivo, em uma célula bacteriana, é possível encontrar várias cópias de plasmídeos. Normalmente os plasmídeos apresentam funções relacionadas com a sobrevivência de bactérias, garantindo vantagem seletiva.
Endósporos
 Os endósporos bacterianos são estruturas das bactérias, cuja função é proporcionar resistência e garantir a sobrevivência do organismo em ambiente inadequado. Possuem este nome, pois são produzidos no interior das bactérias.Os endósporos são produzidos pelas bactérias quando o meio em que se encontram está desfavorável a sua sobrevivência. Eles possuem as seguintes características: Possuem parede grossa, sendo uma estrutura desidratada; São produzidos a partir da duplicação do DNA (ácido desoxirribonucleico). Portanto, o material genético da bactéria está presente nos endósporos.; São muito resistentes: ao calor, ao frio, ao ambiente seco (falta de água) e até as substâncias tóxicas (capazes de matar muitos microrganismos).





domingo, 8 de abril de 2018

Análise de placa

Na primeira aula experimental, três placas de Petri contendo um meio estéril foram expostas a três  diferentes tipos de contaminação para que os micro-organismos que nela se desenvolvessem fossem visualizados ao microscópio óptico, na semana posterior. Cada grupo deveria escolher uma placa, e a placa escolhida foi aberta dentro do no micro-ondas da copa dos alunos. Primeiramente, foram observadas colônias coloridas e arredondadas:

Na visualização de microscopia óptica na utilização da coloração de gram, foi constatado que as bactérias da placa se tratavam de bastonetes gram-negativos.

Célula Procariotica

GRUPO-3

1- CITOPLASMA: 
  O citoplasma bacteriano é também preenchido pelo hialoplasma que é um líquido viscoso com consistência de gel, que se assemelha com a dos eucariotas, contendo enzimas, RNA, metabolitos, sais, proteínas funcionais, glicose e outros sacarídeos, ribossomos e outras moléculas orgânicas.

 a) Material Genético:

  O material genético bacteriano não possui membrana, ou seja, é um filamento circular disperso no citoplasma, a região onde ele está concentrado é chamada de nucleóide. Constituído por proteínas orgânicas chamados de ácidos desoxirribonucleicos, aminoácidos referentes à composição do DNA, estão responsáveis por qualquer tipo de ação ou formato da bactéria, como exemplos de ação temos divisão celular e formação do endósporo; formato, os diferentes formatos de bactéria como Estreptococos, Bacilos, etc.

b) Endósporo:

  Uma estrutura de aumento de proteção do material genético presente, principalmente em bactérias gram positivas. É uma estrutura que, em seu interior contém o material genético da célula, parede celular, ribossomos, ou seja, um clone inativo da própria bactéria. A capa dessa estrutura possui propriedades bioquímicas que podem proteger seu conteúdo de agentes físicos, com alta temperatura e pressão e contra agentes tóxicos. Sua posição varia entre centrais, onde ele se encontra ao centro da bactéria, terminais, onde ele se encontra nos polos da mesma e subterminais, presente entre as duas posições citadas acima, a localização é importante pois podemos diferenciar bactérias através dela. A visualização de endósporo é difícil devido a sua resistência a corantes, sendo necessárias técnicas especificas para a visualização do mesmo.

c) Plasmídeos:

  São pequenos segmentos extra cromossômicos de DNA circular, que podem se duplicar de forma independente. Uma bactéria pode conter vários plasmídeos, sendo estes responsáveis por diversas funções. Por exemplo, condução de genes, garantir a variabilidade genética e sobrevivência de bactérias.

 2- Membrana celular:

  Na maioria dos gêneros, atuam na produção de energia para a célula (fotossíntese e respiração), além de possibilitar a troca de substâncias com o meio externo. Esta membrana é na verdade uma camada dupla de fosfolipídios, mas também contém proteínas essenciais auxiliadoras na permeabilidade de nutrientes.

a) Parede celular:

  Esta estrutura celular é rígida, resistente e recobre a membrana plasmática e dá a forma as bactérias, a parede celular é composta por peptidoglicanos (polímeros de carboidratos ligados a proteínas. E é alvo de muitos antibióticos como exemplo a penicilina que inibe as enzimas traspeptidase e carboxpeptidase, responsáveis pela síntese dos peptideoglicanos).

b) Pilo:

  São microfibrilas proteicas que se estendem da parede celular, possuem a função de ancorar a bactéria ao meio e garantir a conexão com outras bactérias para a troca de material genético.

c) Flagelos:

  Os flagelos são filamentos finos e helicoidais compostos por subunidades de flagelina e que têm como principal função permitir a locomoção da célula. No entanto, os flagelos desempenham outras funções como: assegurar a circulação de fluidos, encaminhar alimento, ou funcionar como organelos sensoriais que reagem à presença de determinados compostos químicos ou à temperatura no exterior da célula. O flagelo bacteriano é um tubo oco composto pela proteína flagelina, de forma helicoidal com uma dobra à saída da membrana celular chamada "gancho", que faz com que a hélice fique virada para o exterior da célula. Entre o gancho e a estrutura basal existe uma bainha que passa através de anéis de proteína na membrana celular, que funcionam como “rolamentos”. Os organismos Gram-positivos têm 2 anéis, um na parede celular e outro na membrana, enquanto que os Gram-negativos têm 4 anéis, 2 na parede celular e 2 na membrana. No caso do desenho exposto abaixo, há dois anéis por ser a representação de uma bactéria Gram-positiva. Vale ressaltar, que o desenho feito pelo grupo representa uma bactéria monótrica, isto é, possui um único flagelo. Não obstante, há bactérias que possuem organização e quantidade de flagelos diferentes. As lofótricas têm múltiplos flagelos localizados num único ponto da superfície da célula, As anfítricas têm um flagelo em cada extremidade da célula, mas apenas um deles opera de cada vez e as perítricas possuem flagelos em toda a superfície da célula.

c.1) Gancho:

  Região presente na base do flagelo que o acopla à estrutura da célula.

c.1.1) Corpo Basal:

  Parte do gancho onde estão localizadas as proteínas de sustentação do mesmo, sendo que encontramos elas na parte entre as membranas celulares e as paredes celulares. Lembrando que o movimento de flagelos utiliza ATP, ou seja, é uma ação que utiliza energia.

d) Fímbrias:

  As fímbrias são estruturas curtas e finas que muitas bactérias apresentam em sua superfície e que não estão relacionadas com a mobilidade e sim com a capacidade de adesão. Esses apêndices são menores, mais curtos e mais numerosos que os flagelos. As fímbrias só podem ser vistas com o auxílio de um microscópio eletrônico.São encontradas tanto em bactérias móveis como naquelas que não possuem movimento e ,portanto, sem função motora. Além disso, poucas bactérias gram positivas apresentam fímbrias.Entretanto, quase todas as bactérias gram negativas têm fímbrias.

e) Glicocalice:

  O glicocálix, é um revestimento formado por uma camada frouxa de moléculas glicídicas, lipídicas e proteicas entrelaçadas Acredita-se que, além de ser uma proteção contra agressões físicas e químicas do ambiente externo, ele funcione como uma malha de retenção de nutrientes e enzimas, mantendo um microambiente adequado ao redor de cada célula. Confere às células a capacidade de se reconhecerem, uma vez que células diferentes têm glicocálix formado por glicídios diferentes e células iguais têm glicocálix formado por glicídios iguais.
 

Atividade lúdica: desenhando a célula procariótica e suas estruturas.


Como atividade avaliativa, foi pedido que se representasse uma célula procarionte, através de um desenho. Neste, foram mostrados as estruturas internas e externas da célula gram-negativa, e esta postagem tem como objetivo explicar cada uma dessas partes.


Visão geral do desenho

1) Componentes citoplasmáticos

Diferente da célula eucarionte, a procarionte não têm núcleo, sendo assim o citoplasma compreende tudo aquilo que é encontrado dentro da membrana plasmática. Um componente principal do citoplasma tanto em procariontes quanto em eucariontes é o citosol gelatinoso, uma solução a base de água que contém íons e diversas moléculas orgânicas em sua composição. Agora, uma característica comum entre procariotos e eucariotos é a presença de ribossomos no citoplasma.
Nas células procarióticas, podemos encontrar o material genético de duas formas, no citoplasma: no nucleoide ou em forma de plasmídeos. O nucleoide é a região do citoplasma onde se encontram os cromossomos de forma desordenada, onde a maior parte do material genético do procarioto se encontra. Já os plasmídeos são pequenas moléculas circulares de DNA bacteriano que atuam principalmente em funções adaptativas. Essas moléculas destacam-se por sua capacidade de duplicação independente, ou seja, são capazes de se replicar independentemente do DNA cromossomal. Por esse motivo, em uma célula bacteriana, é possível encontrar várias cópias de plasmídeos.

2) Flagelo
Os flagelos são estruturas (compostas pela proteína flagelina) externas à parede celular com finalidade de realização da locomoção bacteriana. Uma bactéria pode possuir cinco denominações quanto à quantidade de flagelos: atríquia, quando não possui estes; monotríquia, quando possui apenas um; anfitríquia, quando possui um flagelo em uma das duas extremidades bacterianas; lofotríquias, quando possui um conjunto pequeno destas estruturas em uma ou nas duas extremidades da bactéria; peritríquias, quando possui estas organelas por todo o corpo bacteriano. Independente de sua quantidade e/ou localização na célula, os flagelos possuem a porção chamada de "corpo basal", que se encontra ancorada à parede celular. Na porção diretamente em contato com a parede, há uma estrutura chamada "gancho", cuja função é reforçar a junção do flagelo à célula.

3) Parede celular
A parede procariótica apresenta grande rigidez para dar a forma característica da célula, protegendo-a de agressões externas, como a lise osmótica, rompimento da célula devido à pressão osmótica, e, nas gram negativas, há as endotoxinas,   Seu componente principal é o peptidoglicano, composto por açúcares, pela N-acetilglucosamina e pelo ácido N-acetilmurâmico, associados a aminoácidos em quantidades variáveis.
A parede celular é dividida em dois grupos, na questão da composição: bactérias gram positivas e bactérias gram negativas.
A parede celular das bactérias gram positivas é uma parede espessa e homogênea, ligada diretamente à face externa da membrana plasmática, formada pelas cadeias peptideoglicanas, por polissacarídeos e pelo ácido teicóco. Elas não apresentam o espaço periplasmático.
Já a parede das bactérias gram-negativas é formada por dois folhetos, o interno, constituído por uma camada fina do complexo de peptidoglicano e naõ está ligada diretamente à membrana plasmática, pois há o periplasma entre elas; e o folheto externo, também denominado de membrana externa, porque a sua estrutura é semelhante à de uma membrana unitária, que apresenta liposacáridos, lipoproteínas e fosfolipídios. Também há canais proteicos que permitem a passagem de água e de diversos metabólitos.
Por isso, a diferença na composição e a estrutura da parede celular determinam o comportamentos das bactérias na utilização das colocação Gram.

Célula procariótica - Bactéria gram-negativa ( Grupo 4 )



Como determinado pelo número 1, os filamentos são formados por tubos curtos e em grande quantidade. Embora parecidas com os flagelos, não possuem função locomotora. A função das fimbrias varia de espécie para espécie ( desempenha o papel de fixação em substratos)

O número 2 se refere à membrana externa, sendo apenas presente em  células Gram-negativa. A estrutura básica das membranas externas de gram-negativas é a mesma das membranas típicas- é uma estrutura em bicamada contendo fosfolipídeos, com sua face apolar voltada para dentro, protegida dos meios aquosos, e face polar voltada para fora. Tem um papel importante durante a coloração para a diferenciação de bactérias, uma vez que não retêm o corante quando submetidas a solventes nos quais o corante é solúvel, sendo descoloradas e, quando acrescentado outro corante, adquirem a nova coloração.

A parede celular, número 3, fica ao redor da membrana plasmática sendo forte e densa. Tem como principal função garantir a proteção celular, além de dar formato à célula bacteriana.

O numero 4 se refere aos flagelos, estes apêndices alongados e finos são compostos por uma proteína chamada flagelina. Esta estrutura é responsável pela locomoção de algumas espécies de bactérias. Para melhor entendimento acerca do estrutura interna do flagelo, na parte superior do desenho se encontra as divisões de sua estrutura.

O número 5 refere-se à membrana plasmática, estrutura a qual separa o interior das células do meio externo. Não é a toa que esse envoltório está presente em todos os tipos celulares conhecidos. Ele possui uma característica de extrema importância para a manutenção da vida: a permeabilidade seletiva. Isso, basicamente, quer dizer que tudo o que entra e sai das células depende diretamente da membrana plasmática, constituida em sua maioria por colesterol, mas também possui em seu sistema, carboidratos, glicoproteínas, glicolipídeos e proteínas alfa-hélices.

O número 6 é a representação de um endosporo, o qual é envolvido externamente por um revestimento delgado chamado exospório, envolvendo inclusive a capa do endosporo, a qual se apresenta responsável pela resistencia do endosporo a vários tipos de microorganismos e moléculas, e no interior desta capa há o córtex, caracterizado por camadas de peptidoglicanos.

O número 7 representa um ribossomo, os quais são estruturas pequenas, mas complexas, com cerca de 20 a 30 nm de diâmetro. A estrutura de um ribossomo é formada em sua maioria por moléculas de RNA ribossômico dobradas, as quais se interligam à proteinas.

O número 8 determina uma vesícula de gás, a qual é uma pequena estrutura dentro de uma bactéria que se constitui por um fluido envolvido por uma bicamada lipídica, tecnicamente pode ser dito que vesículas de gás são pequenos ''armazéns'' que podem transportar ou armazenar determinadas substâncias, seja qual for o estado das mesmas.

O número 9 se refere ao nucleóide, que em uma célula bacteriana normalmente contém uma única molécula longa e contínua de DNA de fita dupla. Essa é a informação genética da célula, que carrega todos os dados necessários para as estruturas e as funções celulares. Vale ressaltar que o nucleóide pode ser esférico, alongado ou em forma de halteres.

O número 10 refere-se ao plasmídeo, que consiste em uma pequena molécula circular de DNA de fita dupla; é um elemento genético extracromossômico, isto é, não está conectado ao cromossomo bacteriano principal e se replica independentemente do DNA cromossômico. Os plasmídeos podem transportar genes para atividades como resistência aos antibióticos, tolerância a metais tóxicos e síntese de enzimas.

A estrutura 11 trata-se dos magnetossomos que são inclusões citoplasmáticas de óxido de ferro que agem como imãs- orientam-se por campo magnético; desse modo, as bactérias podem utilizar os magnetossomos para se mover para baixo até atingir um local de fixação aceitável.

A estrutura 12 representa as macromoléculas, que são usadas como nutrientes quando estes estão escassos no ambiente. Evidências sugerem que as macromoléculas concentradas nas inclusões também evitam o aumento da pressão osmótica que ocorreria caso as moléculas estivessem dispersas no citoplasma

O número 13 se refere ao Cromatóforo. Uma organela de bactérias fototróficas as quais contêm pigmentos relacionados à fotossíntese, e que são formadas a partir de uma invaginação da membrana citoplasmática.

O número 14 se refere ao glicocálice; que se situa no lado de fora da parede celular e pode aparecer sob duas formas diferentes: Um glicocálice gelatinoso distinto é chamado de cápsula bacteriana ou uma camada irregular, difusa que é chamada de slime layer.
O glicocálice é responsável pela aderência, proteção e reserva de nutrientes da bactéria.

O número 15 se refere ao citoplasma. Espaço correspondente a totalidade da área intracelular. Tem papel estrutural, mantendo a consistência e a forma da célula. Armazena substâncias químicas indispensáveis à vida celular.




Análise da Contaminação de Placa de Petri

      No primeiro procedimento experimental, deixaram-se três placas de Petri abertas em ambientes diversos, suscetíveis à contaminação. Uma destas foi aberta em um local de bastante movimento do Instituto no qual pessoas fumam e foi levada à estufa para análise na semana posterior.
   Observou-se, na semana seguinte, na superfície da placa, contaminação por um grande microrganismo circular, o que pode-se identificar como um fungo, uma levedura. Além disso, verificaram-se colônias bacterianas de formato circular dispersas ao longo da placa. Esta placa foi guardada para coloração do fungo com azul de metileno e das bactérias com coloração de Gram, bem como análise ao microscópio na semana seguinte.
   Com a coloração realizada, ainda assim não houve a possibilidade de identificação específica dos microrganismos presentes, uma vez que ao observar ao microscópio não visualizaram-se microrganismos.
    Abaixo, notam-se os microrganismos contidos na placa citada no texto:

sábado, 7 de abril de 2018

Mycobacterium tuberculosis - uma visão geral

Mycobacterium tuberculosis é o agente etiológico da tuberculose. Esta bactéria, pertencente à família Mycobacteriaceae, foi descoberta, em 1882, por Robert Koch e, como tal, também é chamada bacilo de Koch. O gênero Mycobacterium é o único da família Mycobacteriaceae, compreende mais de 100 espécies e está relacionado a outros gêneros que possuem ácidos micólicos em sua parede celular, como: Nocardia, Rhodococcus, Gordonae e Tsukamurella.


Caracterização
Mycobacterium tuberculosis são bacilos imóveis, cujas dimensões variam de 0,2 a 0,3 µm de diâmetro e 3 a 5 µm de comprimento, ligeiramente encurvados e com extremidades arredondadas. São bactérias aeróbias, não possuem cápsula nem esporos e não produzem toxinas. É sensível ao calor, às radiações UV e aos raios X. O álcool a 70º destrói-o em 5 min. No entanto, é resistente ao frio e à dessecação, aos ácidos diluídos, aos antissépticos e aos detergentes. M. tuberculosis dificilmente pode ser corado pelo método de Gram, mas é considerado como Gram-positivo pelas características de sua parede celular.
A grande quantidade de lípidos confere ainda a estes bacilos uma propriedade chamada álcool-ácido resistente. São visualizados pelo método de Ziehl-Neelsen, durante o qual o corante primário, fucsina fenicada de Ziehl, fixa-se firmemente aos lípidos da parede celular e não é removido pela mistura de álcool e ácido clorídrico. Os bacilos álcool-ácido resistentes aparecem então corados a vermelho enquanto as bactérias não álcool-ácido resistentes aparecem a azul, a cor do corante de contraste azul-de-metileno.


Figura 1. Mycobacterium tuberculosis: coloração de Ziehl-Neelsen evidenciando disposição de crescimento em cadeias paralelas formando cordões (expressão do fator corda). 



Cultura
O tempo de cultura de Mycobacterium tuberculosis é muito lento, o seu tempo de divisão é de 14 a 20 horas podendo entrar em estado de dormência, no qual sobrevivem sem se dividir. A sua cultura necessita de um meio enriquecido, um meio sólido à base de ovo inteiro, sais minerais, glicerina, asparagina, fécula de batata e verde de malaquita.
Após cerca de 21 dias de cultura em aerobiose, as colónias de Mycobacterium tuberculosis podem ser observadas. São de cor bege, secas, com superfície rugosa e com uma forma característica de couve-flor.


Figura2. Colônias de Mycobacterium tuberculosis. Crescimento em Lowenstein - Jensen.

Os métodos de identificação padrão das microbactérias são a cultura e análise morfológica das colónias em meio sólido associado ao uso de testes bioquímicos. Na identificação de Mycobacterium tuberculosis, três testes são utilizados: apresenta um teste da niacina positivo, um teste nitrato redutase também positivo e uma fraca atividade da catalase a 22ºC que desaparece a 68ºC. Porém, estes testes são morosos e laboriosos.
A utilização de sondas moleculares é, atualmente, a forma mais utilizada para identificar e diferenciar as micobactérias. Estas sondas, produzidas comercialmente, são de rápida utilização (cerca de duas horas), sensíveis e específicas.



Habitat e Mecanismo de infeção
O reservatório natural de Mycobacterium tuberculosis é o ser humano e a sua transmissão faz-se diretamente por via aérea, através de gotículas de saliva, chamadas gotículas de Flügge, expelidas pelo doente quando tosse, espirra ou fala. Cerca de dois milhões de bacilos Koch são expelidos pelo tuberculoso quando espirra. Ocasionalmente, os animais domésticos, cães e gatos, podem ser contaminados.
Um doente tuberculoso com infeção pulmonar emite, ao falar, espirrar ou tossir, gotículas de Flügge que carregam 1 a 3 bacilos de Koch (por gotícula). Essas gotículas, inaladas pelos indivíduos saudáveis, chegam aos alvéolos pulmonares.
Os bacilos são fagocitados por macrófagos circulantes dentro dos quais se multiplicam, são libertados, após o rebentamento das células, e novamente fagocitados.
Simultaneamente, os macrófagos libertam citocinas que recrutam outros macrófagos e outras células mononucleares do sistema imunitário que se agregam à volta do foco infecioso primário até formar um tubérculo. Este tubérculo pode permanecer intato durante vários meses ou até anos, pode diminuir de tamanho ou calcificar. Em 90% dos casos, a infeção é assintomática e designa-se primoinfeção latente.




Figura3. Organismo infectado com a bactéria Mycobacterium Tuberculosis.













Bibliografia: 

FERNANDES, Anabela. Mycobacterium Tuberculosis, 2017. Disponível em: <http://knoow.net/ciencterravida/biologia/mycobacterium-tuberculosis/> Acesso em: 7 abril de 2018.


Aluna: Maria Gabriella Rodrigues - BM151