As práticas desempenhas ao longo do primeiro bimestre de 2017.2 auxiliaram a elucidar de forma sucinta todos os componentes essenciais para a compreensão da teoria ministrada nas aulas de Microbiologia, de forma que possamos aplicar a literatura lida em prática. As aulas desempenhadas no laboratório de microbiologia ao longo do G1 (primeiro bimestre) estavam de acordo com as temáticas abordadas em sala de aula, sendo estas: técnicas de preparo de material para autoclavar, recolhimento de microrganismos na placa de petri contendo meio sólido Ágar, método de coloração de gram (nessa prática, foi desempenhada também a aula para desenhar algo na placa de petri), técnicas para manuseio de material biológico no bico de bunsen e o método de esgotamento.
II. Técnicas de autoclavagem
A primeira prática realizada no laboratório de Microbiologia teve como principal intuito elucidar de forma sucinta a técnica ideal para a preparação de vidrarias para o processo de autoclavagem. Antecedido o momento de autoclavagem de material, foi necessário preparar todas as vidrarias para esterilização. Placas de Petri, pipetas volumétricas de 5 mL e 1 mL e erlenmeyer de 200 mL foram embrulhados em jornal comum.
Materiais embalados com papel Kraft. |
- Pipetas volumétricas: para embrulhá-las de forma correta, as vidrarias foram posicionadas tangencialmente à bancada do laboratório, de forma que o jornal posicionado embaixo da pipeta pudesse ser enrolado a fim de deixar pequenas porções do papel nas extremidades do instrumento laboratorial. Além disso, colocou-se um pequeno pedaço de algodão limpo na porção superior da pipeta para que, após o processo de esterilização, estivesse pronta para utilização. No jornal, anatou-se o volume exato na parte externa;
- Placas de Petri: um conjunto de 5 placas de petri com tampa foram embaladas com jornal semelhante a um embrulho de presente. Contendo em torno de 10 porções cortadas de jornal, os materiais foram colocados um em cima do outro e cobertos pelo jornal comum. Após fechados, amarrou-se uma corda de barbante em volta para vedá-los;
- Erlenmeyer: nessa vidraria, foi utilizada uma rolha feita de algodão hidrofóbico (que não molha) e gaze. Essa rolha permite que o vapor entre dentro do frasco e esterilize a solução. Caso o recipiente esteja totalmente fechado, não haverá esterilização do material, pois o ar estéril não será capaz de adentrar à vidraria e matar qualquer microrganismo ali presente. A rolha de algodão, então, foi colocada na abertura do recipiente de forma a produzir um som relativamente alto quando retirada rapidamente.
Todos os recipientes utilizados foram devidamente identificados com a data da realização do procedimento, a turma que realizou o preparo do material e a identificação da respectiva vidraria. Além disso, foi colocado um adesivo que, ao final do processo de autoclavagem, surgisse uma listra inclinada indicando que aquele recipiente foi esterilizado na autoclave. A esterilização por calor úmido, por sua vez, é mais eficaz para destruir diversos microrganismos. Esse método ocasiona na desnaturação (perda na conformação tridimensional de uma proteína e, consequentemente, da função biológica) e coagulação de enzimas fundamentais para os processos metabólicos das bactérias.
III. Trabalho na zona de segurança
Na prática de trabalho na zona de segurança, aprendemos a manusear os equipamentos do laboratório e trabalhamos diante da zona de segurança. A zona de segurança consiste em uma região de aproximadamente 10 cm de raio em torno do bico de bunsen, onde o ar aquecido tende a formar uma corrente de convecção, evitando que microrganismos que estejam em suspensão no ar penetrem e contaminem esta área e, consequentemente, o material a ser utilizado. Resume-se em um método muito utilizado nos laboratórios de Microbiologia e tem o objetivo de manter o meio gasoso próximo dela estéril. É necessário que trabalhemos em meio estéril a fim de obter um melhor resultado em nossos processos, visto que o meio gasoso traz agentes que podem atrapalhar processos, como edificação de meio de cultura, análise de bactérias etc. Além disso, o meio gasoso mantém a esterilidade dos equipamentos já esterilizados, como pipeta, tubos de ensaio, entre outros. Esse é um método rápido, fácil e bem econômico, visto que o único gasto é de gás, proporcionando agilidade e facilidade no trabalho.
Embora seja um método de esterilização eficaz para manusear materiais que não podem entrar em contato com o meio externo, manusear próximo ao fogo acarreta em cuidados especiais que devem ser adotados. Deve-se manter os olhos bem atentos para que braço, dedos e mãos não toquem na chama, é necessários também ter cuidado com o cabelo, para que, curtos ou longos, não encostem na chama. Vale notar que esses cuidados e toda a prática devem ser acompanhados e ministrados por um profissional que tenha conhecimento do método e experiência de trabalho. A Microbiologia trabalha com muitos microrganismos e sua percepção a olho nu é quase que impossível, logo para ter-se qualidade no desenvolvimento do trabalho e dos resultados das práticas, o trabalho da zona de segurança vem como método rápido, prático e de muita utilidade para estudantes, pesquisadores e professores da área.
Embora seja um método de esterilização eficaz para manusear materiais que não podem entrar em contato com o meio externo, manusear próximo ao fogo acarreta em cuidados especiais que devem ser adotados. Deve-se manter os olhos bem atentos para que braço, dedos e mãos não toquem na chama, é necessários também ter cuidado com o cabelo, para que, curtos ou longos, não encostem na chama. Vale notar que esses cuidados e toda a prática devem ser acompanhados e ministrados por um profissional que tenha conhecimento do método e experiência de trabalho. A Microbiologia trabalha com muitos microrganismos e sua percepção a olho nu é quase que impossível, logo para ter-se qualidade no desenvolvimento do trabalho e dos resultados das práticas, o trabalho da zona de segurança vem como método rápido, prático e de muita utilidade para estudantes, pesquisadores e professores da área.
Manuseio dentro da zona de segurança. |
Os procedimentos utilizados para manuseio na zona de segurança fora os seguintes:
- Flambagem da alça bacteriológica: antes de iniciar qualquer ação e após o manuseio em contato com microrganismos, no que diz respeito a seguir o roteiro de prática, colocou-se a alça na chama do bico de bunsen para aquecer ao rubro, isto é, até incandescer o metal do instrumento. Após a retirada da chama, a alça foi colocada na porção da placa de petri onde não há meio sólido, para que possa esfriar;
- Retirar a tampa do tubo: fez-se a retirada da tampa do tubo contendo microrganismo em meio líquido. Com a tampa posicionada no mindinho da mão direita, introduziu-se a alça até 1/4 do líquido contendo o material biológico. Após esse procedimento, a extremidade aberta do tubo foi flambado para evitar possíveis contaminações;
- Abrir a tampa da placa de petri: com a finalização do procedimento anterior, utilizando a mão para segurar a base da vidraria, o indicador e o dedão da mão esquerda, abriu-se a tampa da placa para introduzir a alça contendo a porção da bactéria. Passou-se a ponta dela no meio sólido cuidadosamente algumas vezes e fechou-se a tampa da placa de petri. Após isso, flambou-se a alça bacteriológica para matar qualquer resquício da amostra biológica restante no material.
Manipulação dentro da zona de segurança. |
IV. Método de coloração de Gram
As diversas técnicas de coloração empregadas na Micrologia possuem como principal intuito a observação de estruturas morfológicas para a compreensão sucinta de uma determinada classe de microrganismos, tendo a capacidade de diferenciá-los. A técnica de coloração de Gram resume-se em um método no qual permite identificar grupos bacterianos debruçando-se na ultraestrutura da parede celular desses microrganismos. É uma técnica de coloração diferencial que utiliza mais de dois corantes para o procedimento, fornecendo a possibilidade de distinção de duas bactérias por meio da coloração de suas respectivas parede celular. As bactérias utilizadas para o experimento foram a Bacillus cereus, Staphylococus, Bacillus megaterium (grupo 2) e Hafui alveni.
As diversas técnicas de coloração empregadas na Micrologia possuem como principal intuito a observação de estruturas morfológicas para a compreensão sucinta de uma determinada classe de microrganismos, tendo a capacidade de diferenciá-los. A técnica de coloração de Gram resume-se em um método no qual permite identificar grupos bacterianos debruçando-se na ultraestrutura da parede celular desses microrganismos. É uma técnica de coloração diferencial que utiliza mais de dois corantes para o procedimento, fornecendo a possibilidade de distinção de duas bactérias por meio da coloração de suas respectivas parede celular. As bactérias utilizadas para o experimento foram a Bacillus cereus, Staphylococus, Bacillus megaterium (grupo 2) e Hafui alveni.
Técnica de coloração simples com apenas 1 corante. |
O princípio básico dessa prática consiste em identificar a classe de alguma dessas bactérias mencionadas através de suas características diferenciais. Tais características referem-se à a estrutura da parede celular e a composição química dela. Os microrganismos que contêm elevados teores de ácido teicóico (peptideoglicano) em sua parede celular coram-se, utilizando a coloração de Gram, em roxo-azulado intenso, isto é, serão classificadas em Gram positivas. Em contrapartida, aqueles que possuem lipopossacarídeos na membrana externa somente se coram com o contra corante, mostrando-se em vermelho intenso, e são denominados Gram negativos.
Reagentes básicos utilizados:
Reagentes básicos utilizados:
- Cristal violeta;
- Lugol;
- Álcool;
- Safranina;
- Água destilada.
Parede celular de bactérias gram negativas e positivas respectivamente. |
A prática foi realizada da seguinte forma: Transferiu-se as bactérias para a lâmina, secou no ar, fixou na chama do bico de bunsen, cobriu com Cristal violeta por 1 minuto, lavou com água destilada, cobriu-se com lugou por 1 minuto, lavou com água, cobriu com álcool 100% por 20 segundos, lavou com H20 destilada e secou delicadamente. Os resultados ainda não foram vistos no microscópio.
Nessa prática, o objetivo era obter colônias puras de bactérias. Para separar e isolar os microrganismos, utilizou-se a técnica de esgotamento através da separação da placa de petri em quadrantes. Com o auxílio de uma alça bacteriológica, as bactérias foram coletadas do tubo contendo ágar liquido e depositadas em um quadrante da placa contendo meio de cultura. O preenchimento do segundo quadrante foi feito conduzindo as bactérias do primeiro quadrante até essa outra região. De modo semelhante, os microrganismos foram levados ao terceiro quadrante a partir do segundo.
A fim de evitar contaminações, essas atividades foram realizadas dentro da zona de segurança fornecida pelo bico de bunsen. Além disso, a alça bacteriológica foi flambada antes de cada utilização para possibilitar a redução da concentração de bactérias no material, permitindo maior chance de obter culturas isoladas. Os resultados ainda não foram analisados, mas espera-se obter uma placa contendo colônias isoladas e o meio de cultura intacto.
VI. Bibliografia
http://www.pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/como-funciona-uma-autoclave/343 acessado dia 13/10
http://www.uff.br/bacteriologia/aulaspraticas/tecnicasdesemeadura.htm acessado dia 13/10
paginapessoal.utfpr.edu.br/geraldo/microbiologia-pratica/aulaspraticasmicro.../file acessado dia 13/10
VI. Bibliografia
http://www.pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/como-funciona-uma-autoclave/343 acessado dia 13/10
http://www.uff.br/bacteriologia/aulaspraticas/tecnicasdesemeadura.htm acessado dia 13/10
paginapessoal.utfpr.edu.br/geraldo/microbiologia-pratica/aulaspraticasmicro.../file acessado dia 13/10
Terminologias equivocadas:
ResponderExcluirIntrodução
1 - “Recolhimento de microrganismos na placa de petri contendo” ==> isolamento de micro-organismos (quando você parte de alguma amostra ou do ambiente). OU repique de micro-organismos quando você seleciona uma colônia que já estava em um meio de cultura e passa para um novo meio de cultura)
Trabalho na zona de segurança
2 - Resume-se em um método muito utilizado nos laboratórios de Microbiologia e tem o objetivo de manter o meio gasoso próximo dela estéril ==> “... de manter o ar próximo estéril”.
3 - “visto que o meio gasoso” ==> “visto que o ar....”
4 - edificação de meio de cultura: edificação? O que você quis dizer com este termo?
5 - “abriu-se a tampa da placa para introduzir a alça contendo a porção da bactéria” ==> “... contendo o inóculo da bactéria”
Método de coloração de Gram
6 – “É uma técnica de coloração diferencial que utiliza mais de dois corantes para o procedimento, fornecendo a possibilidade de distinção de duas bactérias por meio da coloração de suas respectivas parede celular.” ==> a diferença na coloração de Gram se deve a estrutura da parede celular, no entanto quem é corado é o citoplasma da célula e não a parede celular da célula.
7 – “O princípio básico dessa prática consiste em identificar a classe de alguma dessas bactérias mencionadas através de suas características diferenciais” ==> A coloração de Gram divide as bactérias em dois grupos e não classe. Classe é ordem taxonômica de classificação de seres vivos abaixo de Filo por exemplo: a Escherichia coli pertence a classe Gammaproteobacteria.
8 – “Com o auxílio de uma alça bacteriológica, as bactérias foram coletadas do tubo contendo ágar liquido e depositadas...” ==> contendo caldo nutriente ou meio de cultura liquido. O termo ágar líquido não existe!
Outros Apontamentos
Introdução
9 - “um pequeno pedaço de algodão” ==> um pequeno pedaço de algodão cardado ou algodão hidrófobo.
10 - “No jornal, anatou-se o volume exato na parte externa” ==> anotou-se
11 - “Contendo em torno de 10 porções cortadas de jornal”. O que seria estas 10 porçoes cortadas de jornal?
Trabalho na zona de segurança
12 - “Flambagem da alça bacteriológica: antes de iniciar qualquer ação e após o manuseio em contato com microrganismos, no que diz respeito a seguir o roteiro de prática, colocou-se a alça na chama do bico de bunsen para aquecer ao rubro, isto é, até incandescer o metal do instrumento. Após a retirada da chama, a alça foi colocada na porção da placa de petri onde não há meio sólido, para que possa esfriar;” ==> você só pode esfriar a alça no lado de dentro da tampa da placa de petri quando for coletar micro-organismos daquela placa... se você coletou micro-organismo do tubo para passar para a placa não faz sentido esfriar a alça em contato com a placa de petri.
13 - “Retirar a tampa do tubo: fez-se a retirada da tampa do tubo contendo microrganismo em meio líquido. Com a tampa posicionada no mindinho da mão direita, introduziu-se a alça até 1/4 do líquido contendo o material biológico. Após esse procedimento, a extremidade aberta do tubo foi flambado para evitar possíveis contaminações;” ==> Faltou flambar a boca do tubo após abrir
Método de coloração de Gram
14 - “Tais características referem-se à a estrutura da parede celular e a composição química dela. Os microrganismos que contêm elevados teores de ácido teicóico (peptideoglicano) em sua parede celular coram-se, utilizando a coloração de Gram, em roxo-azulado intenso, isto é, serão classificadas em Gram positivas. Em contrapartida, aqueles que possuem lipopossacarídeos na membrana externa somente se coram com o contra corante, mostrando-se em vermelho intenso, e são denominados Gram negativos.” ==> explicação confusa veja outros post de relato de prática da turma para esclarecimento.