sexta-feira, 19 de maio de 2017

Fatores que afetam o crescimento microbiano.

*  Bactérias

Escherichia coli

Comumente chamada de E. Coli, é um tipo de bactéria que habita normalmente no intestino humano e no de alguns animais, mas que em alguns casos pode causar infecção, gerando diarreia ou infecção urinária, por exemplo.
As bactérias que habitam no intestino humano geralmente não causam diarreia, mas se um indivíduo consumir alimentos contaminados com outro tipo de E. Coli, seu organismo não a reconhecerá e isto poderá causar doenças. A E. coli apresenta-se como bastonetes Gram-negativos de 1.0 -1.5 mm de largura e 2.0 – 6.0 mm de comprimento. Pode ser móvel e imóvel.
O efeito do pH no crescimento da E. coli depende do tipo de ácido presente. Em geral, tendo o crescimento em pH entre 4,5 E 11, como apresentado nos resultados da pratica.
Algumas estirpes de E. coli conseguem crescer em ambientes com temperaturas entre 7 e 46ºC e têm uma temperatura óptima de crescimento (temperatura à qual a taxa específica de crescimento é máxima) entre 35 e 40ºC. O que foi comprovado na prática
O crescimento pode ocorrer em meios com concentrações de NaCl de 5% e a partir das concentrações de 8,5% são consideradas inibitórias. Sendo este o resultado apresentado.
A Escherichia coli pode crescer muito bem em meio contendo um único composto orgânico, tal como um açúcar, na presença ou não de óleo, confirmando-se então com os resultados da pratica.


Staphylococcus Aureus

Staphylococcus aureus é uma bactéria do grupo dos cocos gram-positivos. Suas cepas crescem em Ágar Baird-Parker, Ágar nutriente (AN) e Ágar MYP.
Staphylococcus aureus consegue crescer em ambientes com valores de pH entre 4,5 e 9,3 e seu pH ótimo é 7. Ao fazer a análise dos resultados obtidos na prática, o Staphylococcus aureus, teve seu crescimento em pH 5,0; pH 7,0 e pH 11,0, entretanto, não é comum o crescimento em pH 11 por conta de específicas características dessa bactéria.
Outra característica da bactéria Staphylococcus Aureus é que ela permite o crescimento em ambientes com uma concentração de NaCl entre 0 e 7%. Algumas cepas crescem à concentrações de NaCl de até 20%.
Esta bactéria consegue crescer em ambientes com temperaturas entre 7°C a 46ºC, sua temperatura ótima é de 37ºC. Assim, os resultados da prática puderam ser comprovados pela teoria.  
S. Aureus fermentam a glicose com produção de ácido, tanto em aerobiose, como em anaerobiose. Então, na prática, deveria ter acontecido o seu crescimento no tubo sem óleo, porém, o resultado não foi obtido.

Hafnia Alvei

Hafnia alvei é uma bactéria gram negativo, aeróbica facultativa, não esporulados. Ele pertence à família Enterobacteriaceae e do gênero Hafnia, cujo único representante é este agente. Seu nome vem do "alveus" latina que significa colmeia. Constatou-se H. alvei em diferentes nichos ecológicos, a da água ambiental, solo e alimentos. Também faz parte da microbiota normal de mamíferos, aves, répteis e peixes. Nos seres humanos tem sido identificado como uma espécie entérica. Este agente age patógeno oportunista tão incomum pode causar infecções, incluindo gastroenterite, bacteriêmica, pneumonia, meningite, infecção da ferida operatória, abscessos e endoftalmite glútea. É descrito primariamente em pacientes com câncer, cirurgia, trauma, doença pulmonar aguda ou crônica, cirrose ou hepatite e pancreatite.
Hafnia cresce em média entre 2% a 5% e NaCl. Seu pH tem um alcance entre 4,90-8,25. Possui um crescimento em temperatura entre 22-37ºC, e óptimo crescimento em 35ºC, princípio que foi comprovado na aula prática. Em relação à OG, eles devem possuir crescimento em ambos os tubos, por serem anaeróbicos eles produzem ácido com ou sem gás pelo metabolismo de glicose e todas H. alvei LPS parecem conter glicose.
A teoria foi comprovada na prática, exceto no pH de 11, onde obteve crescimento e era o esperado, como também não houve um crescimento dessa bactéria em OF.

Proteus Vulgaris

Na literatura, a bactéria Proteus Vulgaris é classificada como uma bactéria neutrófila. Isto quer dizer que ela cresce melhor em pH entre 4,8 e 8,5, e apresentam um crescimento ótimo quando o pH está próximo da neutralidade. Como foi apresentado na prática, onde este microrganismo foi posto em tubos de ensaio de pH 2, 5, 7 e 11. Como já imaginado apresentou resultados positivos para os pH's 5 e 7.
A bactéria P. Vulgaris não consegue gerar uma colônia em altas concentrações salinas. A adição de sais em uma solução, com consequente aumento da pressão osmótica, faz com que a alta concentração de sal remova a água do interior da célula microbiana impedindo seu crescimento e causando assim, sua degeneração. Isto explica o motivo de a colônia de bactéria só crescer a concentrações baixas de Cloreto de sódio, à 2,5% e 5%. Esta bactéria também apresenta uma fraca resistência a mudanças de temperaturas, já que ela só se mantém em temperaturas próximas do ambiente.
A P. vulgaris é uma bactéria gram negativa, isto implica dizer que em meio Ágar OG glicose com e sem óleo ela tem uma tendência a fazer uma cultura. E foi isto que foi visto na prática, a bactéria criou bem uma cultura nos dois meios.

Bacillus Megaterium

Essa bactéria se destaca por seu grande tamanho nas células vegetativas e esporo, Bacillus Megaterium vem do latim para “fera”, por ser extremamente grande, sendo 100 vezes maior do que a E. Coli, com um diâmetro de 1,2 a 1,5 µm, e comprimento de 2 a 5 µm. É uma bactéria gram positiva, não patogênica, considerada aeróbica, formadora de endósporo e possui forma em haste, é um oxidativo variável. É encontrada no óleo e considerada saprófito. Tem sido usada para estudar estrutura, localização de proteínas e membranas desde 1950, auxiliou na descoberta para a lisogenia, ou seja, inserção de um bacteriófago ao genoma bacteriano. A bacillus megaterium tem sido bastante usada em laboratório para a biorremediação, por ser uma grande fonte de proteínas industriais porque é simultaneamente um hospedeiro de clonagem desejável e produz uma grande variação de enzimas.
A B. megaterium tem crescimento em pH entre 5,7-7,0, o que foi confirmado ao ser feita a prática.
Ela se encontra em ambientes salinos entre 2-10%, por ter uma grande acumulo do polímero ácido poli-γ-glutâmico, então, uma parte da cepa dessa bactéria pode ser vista como halófilo, ou seja, precisa de grande concentração salina para sobreviver. Também pôde ser feita a confirmação da teoria nos resultados.
Essa grande bactéria consegue crescer em temperaturas entre 3-20ºC até 35-45ºC, com crescimento óptimo em 30ºC. De acordo com a tabela da prática, repara-se que todas as temperaturas foram confirmadas com base na teoria, exceto a de 5ºC.
Para o cultivo do recombinante desse bacillus em específico, a expressão da enzima clonada é induzida e o crescimento pode ocorrer por glicose. Na teoria, quando o tubo de OF adquire coloração amarela a bactéria fermenta a glicose, e na B. Megaterium, nos tubos com óleo e sem óleo, devem estar com cor amarela, porém os resultados não estão de acordo com o princípio no tubo sem óleo.

           



 

Procedimento

Esterilizou-se as mãos e a bancada com álcool 70%. Para iniciar os procedimentos assépticos ligou o bico de Bunsen responsável pela esterilização e manutenção desta.
            Com o bico de Bunsen, flambou-se a alça/agulha, isto é, colocá-la de forma vertical no fogo até que a extremidade de metal fique com cor rubra, ou seja, totalmente esterilizada. Para flambar os tubos passa-se a extremidade superior no fogo, 3 vezes para obter uma esterilização e impedir que nenhum microrganismo do ambiente externo entre para o interior do tubo.
            Os tubos de ensaios estéreos estavam previamente identificados com as concentrações de NaCl (2,5%, 5,0%, 10% e 20%), pH's (2,0 ;5,0; 7,0 e 11,00) e outros dois tubos apresentavam conteúdo fermentativo/ oxidativo. O segundo contendo além de OF e glicose, óleo.   Identificou-se os tubos de ensaio estéreos que apresentavam caldo nutriente puro com as temperaturas as quais foram submetidos:  5°C, 28°C e 37°C (que é o mesmo do pH 7,0).
            Cada grupo recebeu uma bacteria diferente, entre elas:  E.coli, S.aureus, H.alvei, P.vulgaris e B. megaterium. Os tubos imaculados com bactérias foram distribuídos por grupo.
            Para inocular as bactérias nos tubos citados, utilizou-se os métodos assépticos, onde a alça/agulha e os tubos de ensaio estéreos foram flambados. Em seguida, mergulha-se a alça/agulha no tubo contendo bactéria e após flambá-lo novamente, fecha-o. Flamba-se o tubo de caldo nutriente recém-aberto e insere-se a alça/agulha contendo a bactéria neste. Após realizar todo o procedimento atrás da chama, flamba-se novamente o tubo antes de fechá-lo. Repetiu-se este procedimento a cada transferência de bactéria para caldo nutritivo.
            O tubo identificado com 5°C foi para geladeira, o de 37° foi colocado na estufa e os demais ficaram em temperatura ambiente a 28° C.

Fotos do experimento





Tabela de Resultados


 Possíveis erros

Há milhares de possibilidades para a ocorrência de erros em práticas que envolvem micro-organismos, sendo difícil determinar qual foi responsável por alterar o resultado esperado para o experimento. Os principais erros nesse tipo de experimento são flambar a alça microbiológica em excesso, o meio de cultura estar vencido e a amostra estar contaminada. Além desses, erros na técnica também são comuns. O ato de flambar a alça em excesso suscita em matar o micro-organismos durante o procedimento. O meio estar vencido também causa a morte do microorganismo já que esse não terá os nutrientes necessários para realizar deus processos metabólicos normais. Já quando a amostra está contaminada obtém-se resultados de um micro-organismos não conhecido.

Turma: BM 151 2017.1
Grupos: Antraz, Apocalipse Bacteriano, As Bactérias Super Poderosas, Helicobacter Fênix e os Microlokos.









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