terça-feira, 2 de maio de 2017

Corantes Filogenéticos - 1986



                                                     Corantes filogenéticos



           Os corantes filogenéticos são oligonucleotídios de bases complementares ao RNA ribossomal, que penetram nas células procarióticas sem promover sua quebra, formando híbridos com RNA ribossomal. Quando os ribossomos se distribuem por toda célula, promovem uma coloração fluorescente. Estes tipos de corantes podem ser específicos, reagindo com apenas uma ou poucas espécies microbianas relacionadas, ou genérico, reagindo com todas as células de determinado domínio filogenético.  Os corantes filogenéticos são de extrema importância para determinar características comuns aos organismos, ajudando na classificação dos seres vivos.   A partir dessa análise, foi possível estabelecer a árvore filogenética, relacionando a origem evolutiva desses seres vivos. A classificação se dá a partir da perspectiva de identificação da diversidade molecular e bioquímica entre os diferentes grupos, eucariotos e procariotos. A árvore filogenética torna explícita os grupos e sua afinidade evolutiva
                                                                     

                                                             FISH


    

           O exemplo de corantes filogenéticos é o FISH (Fluorescent In Situ Hybridization), que pode diferenciar as muitas espécies filogenéticas de certo habitat, ele também pode medir quando a espécie  presente em uma amostra natural. Porém, em certos casos as técnicas comuns de FISH não funcionam, sendo assim, o alvo ou o sinal devem ser aumentados para que seja possível a utilização desse método nesse caso.         Um desses métodos de aumento é chamado transcrição reversa in sito ou ISRT. Ele usa uma sonda de DNA para capturar o mRNA desejado, nele é acrescentado uma enzima transcriptase que faz a transcrição reversa que dá origem ao DNA complementar, que é aumentado pela polimerização em cadeia, em seguida consegue ser hibridizado com a sonda fluorescente.     Esta técnica pode ser usada também para ver quais grupos de organismos estão ativos ou não em certo hábitat, devido as células que estão transcrevendo o gene específico usarem a enzima que foi codificada pelo mRNA.       Já o FISH deposição catalisada do repórter ou CARD-FISH intensifica o sinal ao invés do alvo. Pois a sonda de ácido nucleico contém a enzima peroxidase ligada a ela ao invés do corante fluorescente. Quando acontece a hibridação com o corante tiramida, a peroxidase faz com que a tiramida se torne muito reativa, então logo ela se liga a uma proteína, o que torna o sinal forte o bastante para ser vista na microscopia fluorescente. Além de servir para organismos que possuem crescimento muito lento, pois eles possuem menos ribossomos do que células com mais atividade.  


Esse tema pode ser encontrado: MADIGAN, M.T.; MARTINKO, J.M.; DUNLAP, P.V.; CLARK, D.P. Microbiologia de Brock. 12. ed., Porto Alegre: Artmed, 2010. 1160 p.
Trabalho apresentado por: MICROLOKOS

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