quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Linfograma Venéreo

Agente etiológico
Linfograma venéreo é causado por uma bactéria gram-negativa e imóvel, a Chlamydia trachomatis. A Chlamydia trachomatis é uma bactéria não usualmente corada pelo GRAM, mas determinada como gram negativa por conta de seu peptídeoglicano fino.  Pertence à ordem Chlamydiales e ao gênero Chlamydia, único constituinte da família Chlamydiaceae.
Existem dois sorogrupos diferentes para esta bactéria:
Sorogrupo A: os agentes pertencentes a esse sorogrupo são iodo- positivos e incluem causadores de tracoma, conjuntivite de inclusão, LVG e várias uretrites não gonocócicas. Este sorogrupo ainda pode ser dividido em vários sorotipos (A, B, C, D, E, F, G, H, I, L1, L2, L3);
Sorogrupo B: os agentes pertencentes a esse sorogrupo são iodo-negativos e incluem agentes causadores da psitacose e ornitose, e várias infecções em animais.
Essas bactérias são parasitas intracelulares obrigatórios e dependem do metabolismo da célula hospedeira para obtenção de energia já que não possuem enzimas necessárias para a síntese se ATP e NADH.

Causas
O LGV é causada por um dos 3 tipos diferentes (serotipos) da bactéria Chlamydia trachomatis . Essas bactérias são espalhadas por contato sexual. A infecção não é causada pela mesma bactéria que causa clamídia genital. Esta doença é mais comumente encontrada na América Central e do Sul do que na América do Norte e mais nos homens do que nas mulheres. O principal fator de risco é o HIV positivo.

Tratamento
O tratamento para o linfogranuloma venéreo pode ser feito com o uso de antibióticos, de acordo com a orientação médica. Quando o diagnóstico é prévio o tratamento é mais rápido e efetivo. Desta forma, é extremamente aconselhável que se realize visitas periódicas a um médico para o devido monitoramento do organismo e para a prevenção de futuras complicações.
Os medicamentos utilizados podem ser:
  • Doxiciclina 100 mg, 2 vezes ao dia por 14 a 21 dias
  • Eritromicina 500 mg, 4 vezes ao dia durante 21 dias
  • Sulfametoxaxol/trimetroprim  por 21 dias
  • Azitromicina  1g, semanalmente durante 1 a 3 semanas
Azitromicina apresenta eficácia provável, mas não foi completamente avaliada, assim como a claritromicina. É valido ressaltar que ao fim do tratamento o indivíduo deve fazer exames regulares para se certificar de que realmente está curado, em casos mais graves da doença costuma ser necessária a retirada do bubão, e é importante que os parceiros do indivíduo infectado também sejam examinados e tratados. Uma boa alimentação também é indicada no combate à doença, pois ajuda o corpo a se recuperar e o mantem mais forte e protegido.

Transmissão
O linfogranuloma venéreo é transmitido através de contato direto com lesões, ulcerações e outras áreas onde as bactérias estão localizadas durante penetração sexual (vaginal, oral ou anal) e pode ocorrer via contato de pele. A probabilidade de infecção por linfogranuloma venéreo depois de uma exposição é desconhecida, mas é considerada menos infecciosa que outras doenças sexualmente transmissíveis. Uma pessoa que teve contato com parceiro com linfogranuloma venéreo deve ser examinada e fazer testes para infecção clamidial cervical ou uretral e tratada.

Prevenção
A forma mais segura de evitar contrair linfogranuloma venéreo é o relacionamento monogâmico com um parceiro que sabe não estar infectado, ou a higienização dos órgãos sexuais após o coito. Preservativos masculinos e femininos, quando usados corretamente e consistentemente, podem reduzir o risco de contrair linfogranuloma venéreo. Porém, ulcerações podem ocorrer em áreas não cobertas pelo preservativo. Ter sido tratado para linfogranuloma venéreo não previne que a pessoa seja infectada novamente.
Deve-se orientar a população dos riscos de cada doença sexualmente transmissível.

Tipos
Linfogranuloma venéreo é provocado pelos sorotipos L1, L2 e L3 de Chlamydia trachomatis, diferentes daqueles que causam tracoma, conjuntivites de inclusão, uretrite e cervicite. Essas cepas de LGV invadem e se reproduzem em linfonodos regionais, mas também podem provocar infecções de mucosa.

Sintomas
Os primeiros sintomas aparecem de 7 a 30 dias após a exposição à bactéria. Primeiro, surge uma ferida ou caroço muito pequeno na pele dos locais que estiveram em contato com essa bactéria (pênis, vagina, boca, colo do útero e ânus) que dura, em média, de três a cinco dias. Essa lesão, além de passageira, não é facilmente identificada. Entre duas a seis semanas após a ferida, surge um inchaço doloroso dos gânglios da virilha. Se esse inchaço não for tratado rápido, pode piorar e formar feridas com saída de secreção purulenta, além de deformidade local. Podem haver, também, sintomas gerais como dor nas articulações, febre e mal estar. Se continuar com a ausência de tratamento, aparece a elefantíase (acúmulo de linfa no pênis, escroto e vulva).

Diagnósticos
Há a suspeita da presença de linfogranuloma venéreo quando notado os sintomas característicos.
O diagnóstico pode ser confirmado através de uma análise do sangue que identifique os anticorpos contra a Chlamydia trachomatis.
 
Vídeo





Blibliografia:
WIKIPÉDIA. Chlamydia trachomatis. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/chlamydia_trachomatis . Acesso em: 06 dez. 2017.
SAÚDEMEDICINA.COM. Linfogranuloma venéreo (dst). Disponível em: https://www.saudemedicina.com/linfogranuloma-venereo-dst/ . Acesso em: 06 dez. 2017.
COPACABANA RUNNERS. Linfogranuloma venéreo - o que é, sintomas, tratamento. Disponível em: https://www.copacabanarunners.net/linfogranuloma.html . Acesso em: 06 dez. 2017.
EBAH. Linfogranuloma venéreo. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/abaaabbp8aa/linfogranuloma-venereo . Acesso em: 06 dez. 2017.



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