Agente etiológico
Linfograma venéreo é causado por uma bactéria
gram-negativa e imóvel, a Chlamydia
trachomatis. A Chlamydia trachomatis é uma bactéria não usualmente corada
pelo GRAM, mas determinada como gram negativa por conta de seu peptídeoglicano
fino. Pertence à ordem Chlamydiales e ao
gênero Chlamydia, único constituinte da família Chlamydiaceae.
Existem dois sorogrupos diferentes para esta
bactéria:
Sorogrupo A: os agentes pertencentes a esse
sorogrupo são iodo- positivos e incluem causadores de tracoma, conjuntivite de
inclusão, LVG e várias uretrites não gonocócicas. Este sorogrupo ainda pode ser
dividido em vários sorotipos (A, B, C, D, E, F, G, H, I, L1, L2, L3);
Sorogrupo B: os agentes pertencentes a esse
sorogrupo são iodo-negativos e incluem agentes causadores da psitacose e
ornitose, e várias infecções em animais.
Essas bactérias são parasitas intracelulares
obrigatórios e dependem do metabolismo da célula hospedeira para obtenção de
energia já que não possuem enzimas necessárias para a síntese se ATP e NADH.
Causas
O LGV é causada por um dos 3 tipos
diferentes (serotipos) da bactéria Chlamydia trachomatis . Essas
bactérias são espalhadas por contato sexual. A infecção não é causada pela
mesma bactéria que causa clamídia genital. Esta doença é mais comumente
encontrada na América Central e do Sul do que na América do Norte e mais nos
homens do que nas mulheres. O principal fator de risco é o HIV positivo.
Tratamento
O tratamento para o linfogranuloma
venéreo pode ser feito com o uso de antibióticos, de acordo com a orientação
médica. Quando o diagnóstico é prévio o tratamento é mais rápido e efetivo.
Desta forma, é extremamente aconselhável que se realize visitas periódicas a um
médico para o devido monitoramento do organismo e para a prevenção de futuras
complicações.
Os medicamentos
utilizados podem ser:
- Doxiciclina
100 mg, 2
vezes ao dia por 14 a 21 dias
- Eritromicina 500 mg, 4 vezes ao dia durante 21 dias
- Sulfametoxaxol/trimetroprim por 21 dias
- Azitromicina 1g,
semanalmente durante 1 a 3 semanas
Azitromicina apresenta eficácia provável, mas não foi
completamente avaliada, assim como a claritromicina. É valido ressaltar que ao
fim do tratamento o indivíduo deve fazer exames regulares para se certificar de
que realmente está curado, em casos mais graves da doença costuma ser
necessária a retirada do bubão, e é importante que os parceiros do indivíduo
infectado também sejam examinados e tratados. Uma boa alimentação também é
indicada no combate à doença, pois ajuda o corpo a se recuperar e o mantem mais
forte e protegido.
Transmissão
O linfogranuloma
venéreo é transmitido através de contato direto com lesões, ulcerações e outras
áreas onde as bactérias estão localizadas durante penetração sexual (vaginal,
oral ou anal) e pode ocorrer via contato de pele. A probabilidade de infecção
por linfogranuloma venéreo depois de uma exposição é desconhecida, mas é
considerada menos infecciosa que outras doenças sexualmente transmissíveis. Uma
pessoa que teve contato com parceiro com linfogranuloma venéreo deve ser
examinada e fazer testes para infecção clamidial cervical ou uretral e tratada.
Prevenção
A
forma mais segura de evitar contrair linfogranuloma venéreo é o relacionamento monogâmico
com um parceiro que sabe não estar infectado, ou a higienização dos órgãos sexuais
após o coito. Preservativos masculinos e femininos, quando usados corretamente
e consistentemente, podem reduzir o risco de contrair linfogranuloma venéreo.
Porém, ulcerações podem ocorrer em áreas não cobertas pelo preservativo. Ter sido
tratado para linfogranuloma venéreo não previne que a pessoa seja infectada
novamente.
Deve-se
orientar a população dos riscos de cada doença sexualmente transmissível.
Tipos
Linfogranuloma venéreo
é provocado pelos sorotipos L1, L2 e L3 de Chlamydia trachomatis, diferentes
daqueles que causam tracoma, conjuntivites de inclusão, uretrite e cervicite.
Essas cepas de LGV invadem e se reproduzem em linfonodos regionais, mas também
podem provocar infecções de mucosa.
Sintomas
Os primeiros sintomas
aparecem de 7 a 30 dias após a exposição à bactéria. Primeiro, surge uma ferida
ou caroço muito pequeno na pele dos locais que estiveram em contato com essa
bactéria (pênis, vagina, boca, colo do útero e ânus) que dura, em média, de
três a cinco dias. Essa lesão, além de passageira, não é facilmente
identificada. Entre duas a seis semanas após a ferida, surge um inchaço
doloroso dos gânglios da virilha. Se esse inchaço não for tratado rápido, pode
piorar e formar feridas com saída de secreção purulenta, além de deformidade
local. Podem haver, também, sintomas gerais como dor nas articulações, febre e
mal estar. Se continuar com a ausência de tratamento, aparece a elefantíase
(acúmulo de linfa no pênis, escroto e vulva).
Diagnósticos
Há a suspeita da
presença de linfogranuloma venéreo quando notado os sintomas característicos.
O diagnóstico pode ser
confirmado através de uma análise do sangue que identifique os anticorpos
contra a Chlamydia trachomatis.
Vídeo
Blibliografia:
MANUAL MSD. Linfogranuloma venéreo (lgv). Disponível
em: http://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%c3%a7as-infecciosas/doen%c3%a7as-sexualmente-transmiss%c3%adveis-dst/linfogranuloma-ven%c3%a9reo-lgv
. Acesso em: 06 dez. 2017.
WIKIPÉDIA. Chlamydia trachomatis. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/chlamydia_trachomatis
. Acesso em: 06 dez. 2017.
SAÚDEMEDICINA.COM. Linfogranuloma venéreo (dst).
Disponível em: https://www.saudemedicina.com/linfogranuloma-venereo-dst/
. Acesso em: 06 dez. 2017.
COPACABANA RUNNERS. Linfogranuloma venéreo - o que
é, sintomas, tratamento. Disponível em: https://www.copacabanarunners.net/linfogranuloma.html
. Acesso em: 06 dez. 2017.
EBAH. Linfogranuloma venéreo. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/abaaabbp8aa/linfogranuloma-venereo
. Acesso em: 06 dez. 2017.
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