Doença
da arranhadura do gato, causada pela bactéria Bartonella henselae- Para leigos
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A
DAG é causada pela Bartonella henselae
e, menos frequentemente, pela Bartonella
quintana. As bartonelas são bactérias que infectam animais, sendo o homem
hospedeiro acidental na maioria dos casos, pela inoculação direta (pela
arranhadura ou lambedura de gatos). A B. henselae apresenta distribuição ubíqua
mais prevalente em locais de clima quente e úmido.
A doença é mais descrita em crianças, mas há
frequentes achados em adultos. Como não é doença de notificação compulsória,
não é possível estimar a magnitude dessa enfermidade em nosso meio. Em relação ao quadro clínico pode manifestar-se
através das várias formas descritas.
A
bactéria tende a se proliferar infectando a parede dos vasos sanguíneos,
deixando o local lesionado com uma bolha vermelha característica da doença e
pode complicar causando uma celulite, que é um tipo de infecção na pele ou uma
adenite (inflamação aguda de um gânglio linfático, popularmente conhecida como
"íngua").
A chamada doença da
arranhadura do gato (DAG) é velha conhecida, indolor e, apesar do inconveniente
de a lesão na pele ser acentuada e perdurar até por meses, ela desaparece
naturalmente. “Num ponto da arranhadura ou mordedura surge uma espécie de
bolha, mais consistente, que logo some. Dias depois, aparece na região um
gânglio aumentado e duradouro, o que chama a atenção para a doença. Pode
demorar, mas esse gânglio também desaparece sozinho”, explica Paulo Velho do Ambulatório de Dermatologia do Hospital das
Clínicas (HC) da Unicamp.
Se a doença é benigna
em pessoas saudáveis, há outra motivação para a pesquisa: em doentes com o
sistema imunológico comprometido, por HIV ou outros males, a infecção pela
bactéria traz consequências graves e pode ser fatal. “Nessas pessoas, a
Bartonella é uma das causas da angiomatose bacilar, doença sistêmica que
provoca lesões por toda a pele e pode atingir fígado, baço ou mesmo o sistema
nervoso central; a bactéria também já foi associada a quadros de demência e
depressão.
O temor do pesquisador se justifica, pois o homem, que inevitavelmente
manterá contato com gatos em algum momento da vida, é capaz de carregar a
Bartonella henselae no sangue sem nunca apresentar sintomas da doença da
arranhadura do gato. Testes para detectar a bactéria não fazem parte da rotina
dos bancos de sangue.
Diagnóstico:
O
diagnóstico é confirmado por cultura ou títulos de anticorpos positivos para B.
henselae, reação em cadeia de polimerase (PCR, polymerase chain reaction), ou
cultura de aspirado de linfonodos. Pacientes imunocomprometidos e com sintomas
sistêmicos também devem fazer hemoculturas. As culturas de aspirado de
linfonodos raramente são positivas.
Agente Etiológico:
A Bartonella henselae é
uma batéria gram-negativa, onde sua principal característica é uma endotoxina
denominada lipopolissacarídeo (LPS) que é causadora da doenças e maior responsável
por sua virulência; A bactéria possui sua forma de bacilo curvado e é o agente
causal da Doença da Arranhadura do Gato.
Transmissão:
Nos gatos, a contaminação
ocorre através do contato com sangue contaminado, como nas lutas ou transfusões,
ou através de parasitas infectados. Pensa-se que as pulgas Ctenocephalides
felis sejam os principais transmissores da doença. Atualmente, admite-se que
também as carraças possam ser responsáveis pela sua transmissão.
Cerca de 50% dos gatos,
principalmente os jovens, estão infectados e não apresentam sinal da doença. A
bactéria encontra-se nos glóbulos vermelhos dos felinos e contamina a saliva.
Assim, quando o gato se lambe contamina o seu pelo e unhas.
Sintomas:
·
Bolha vermelha em torno do local do arranhão;
·
Gânglios linfáticos inflamados, popularmente
chamadas de ínguas;
·
Febre alta que pode ser de 38 a 40ºC;
·
Dor e rigidez no local lesionado;
·
Falta de apetite e emagrecimento sem causa
aparente;
·
Problemas de visão como vista embaçada e ardência
nos olhos;
·
Irritabilidade.
Tratamento:
O tratamento é feito com antibióticos como
Amoxixilina, Cefitriaxona, Clindamicina, que eliminam as bactérias. Os gânglios
linfáticos inchados e com líquido podem ser drenados com agulhas, para que a
dor seja aliviada.
Em casos mais graves, se houver a permanência
da febre alta e um surgimento de um carroço linfático próximo ao local do
arranhão, pode ser necessário fazer um procedimento cirúrgico para a retirada
de tal e uma biopsia do material para determinar possíveis alterações causadas.
Após a cirurgia é necessário a colocação de um dreno para eliminar secreções que
podem continuar saindo durante alguns dias posteriores.
Pacientes portadores de HIV precisam de um
monitoramento mais rígido devido a sua deficiência de resposta imunológica,
portanto permanecem internados durante o tratamento da doença.
O temor do pesquisador Paulo
Velho se justifica, pois o homem, que inevitavelmente manterá contato com gatos
em algum momento da vida, é capaz de carregar a Bartonella henselae no sangue
sem nunca apresentar sintomas da doença da arranhadura do gato. Testes para
detectar a bactéria não fazem parte da rotina dos bancos de sangue.
A chamada doença da arranhadura do gato
(DAG) é velha conhecida, indolor e, apesar do inconveniente de a lesão na pele
ser acentuada e perdurar até por meses, ela desaparece naturalmente. “Num ponto
da arranhadura ou mordedura surge uma espécie de bolha, mais consistente, que
logo some. Dias depois, aparece na região um gânglio aumentado e duradouro, o
que chama a atenção para a doença. Pode demorar, mas esse gânglio também
desaparece sozinho”, explica Paulo Velho do
Ambulatório de Dermatologia do Hospital das Clínicas (HC) da Unicamp.
Se a doença é benigna em pessoas
saudáveis, há outra motivação para a pesquisa: em doentes com o sistema
imunológico comprometido, por HIV ou outros males, a infecção pela bactéria
traz conseqüências graves e pode ser fatal. “Nessas pessoas, a Bartonella é uma
das causas da angiomatose bacilar, doença sistêmica que provoca lesões por toda
a pele e pode atingir fígado, baço ou mesmo o sistema nervoso central; a
bactéria também já foi associada a quadros de demência e depressão.
Bibliografia:
TUA SAÚDE. Doença causada pelo
arranhão do gato. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/doenca-da-arranhadura-do-gato/>. Acesso em: 28 2017nov.
SALA DE IMPRENSA. Pequenas e grandes
conseqüências de um arranhão de gato. Disponível em: <http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/novembro2004/ju272pag09.html>.
Acesso em: 28 nov. 2017.
O MEU ANIMAL. Doença de arranhadura do gato.
Disponível em: <http://omeuanimal.com/doenca-arranhadura-do-gato-voce-pode-estar-perigo/>.
Acesso em: 28 nov. 2017.
FREITAS, Alexandre
Hassler Príncipe De Oliveira1 Carlos Alberto Pires Pereira2 Luciene Barbosa De
Sousa3 Denise De. Conjuntivite granulomatosa atípica causada pela doença da
arranhadura do gato - Relato de caso. Scielo, [S.L], mar. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abo/v67n3/20530.pdf>. Acesso em: 28
nov. 2017.
HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO. Doença
de arranhadura do gato. Disponível em: <http://www.hse.rj.saude.gov.br/profissional/revista/36b/gato.asp>.
Acesso em: 28 nov. 2017.
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