quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Resumo do artigo “Obstrução de Vias Aéreas Superiores após Drenagem de Abscesso Periamigdaliano. Relato de Caso *”



O abscesso periamigdaliano é uma infecção incomum do trato respiratório superior, causando dor, febre, obstrução das vias aéreas e trismo, em alguns casos. É considerada uma doença grave, dependendo da manipulação da glândula, por causar hemorragias. No caso apresentado neste artigo cientifico, a paciente precisou fazer a drenagem cirúrgica do abscesso periamigdaliano e intubação por ter uma obstrução de vias aéreasimpossibilitando a respiração e evoluindo para um caso mais grave.
O caso em questão trata-se de uma paciente com 26 anos, que havia feito o uso de penicilina e continuou com dor, febre e dificuldades para engolir, ou seja, não teve melhora significativa. Por não conseguir abrir a boca por dores fortes no local, o diagnóstico precisou ser feito através de exames laboratoriais que concluíram leucocitose (diminuição do número de leucócitos). Em seguida, a paciente precisou fazer a drenagem cirúrgica, para isso, foi necessária anestesia geral e intubação (por estar com obstrução das vias areias, dificultando a respiração).
Posteriormente, ao retirar os tubos, a paciente voltou ao quadro de obstrução das vias aéreas, sendo necessário novamente a intubação. Logo em seguida, foi encaminhada para a unidade de terapia intensiva, foi mantida sedada e respirando com ventilação mecânica. Na UTI, considerou-se a hipótese da existência de outras doenças, secundarias, que pudessem ser o agente da relativa gravidade do caso. Por conta disso, foram recolhidas sorotipos para a realização de exames para doenças, tais como, HIV, toxoplasmose, mononucleose e citomegalovírus, porém todos obtiveram resultados negativos. Após a paciente ser submetida ao tratamento, ela apresentou melhora significativa, podendo sair da UTI 24 horas depois e, depois de 3 dias ,recebeu a alta do hospital.
            Ainda que haja discordância na área médica sobre a recomendação da amigdalectomia primária ou tratamento conservador (recorrendo à amigdalectomia apenas em casos recorrentes), há concordância quanto à realização de punção amigdaliana para esvaziar o abscesso antes do procedimento cirúrgico propriamente dito. De acordo com a conduta cirúrgica, outra controvérsia é a indicação de anestesia: pode ser aplicada na punção com esvaziamento, mas, de acordo com a literatura, a drenagem cirúrgica sob anestesia geral é a melhor forma de garantir a patência das vias aéreas.
            Sendo assim, conclui-se que o preparo cirúrgico relacionado à planejamento anestésico e adequada indicação são fundamentais para prevenção de complicações após drenagem do abscesso periamgdaliano.

  Acessado em 20/09/2017.

BM 161 - G4 : Ana Cecilia, Ariel Fontes, Gabriela Calafate e Tacio Monteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário