O
abscesso periamigdaliano é uma infecção incomum do trato respiratório superior,
causando dor, febre, obstrução das vias aéreas e trismo, em alguns casos. É
considerada uma doença grave, dependendo da manipulação da glândula, por causar
hemorragias. No caso apresentado neste artigo cientifico, a paciente precisou
fazer a drenagem cirúrgica do abscesso periamigdaliano e intubação por ter uma
obstrução de vias aéreasimpossibilitando a respiração e evoluindo para um caso
mais grave.
O
caso em questão trata-se de uma paciente com 26 anos, que havia feito o uso de
penicilina e continuou com dor, febre e dificuldades para engolir, ou seja, não
teve melhora significativa. Por não conseguir abrir a boca por dores fortes no
local, o diagnóstico precisou ser feito através de exames laboratoriais que
concluíram leucocitose (diminuição do número de leucócitos). Em seguida, a
paciente precisou fazer a drenagem cirúrgica, para isso, foi necessária
anestesia geral e intubação (por estar com obstrução das vias areias, dificultando
a respiração).
Posteriormente,
ao retirar os tubos, a paciente voltou ao quadro de obstrução das vias aéreas,
sendo necessário novamente a intubação. Logo em seguida, foi encaminhada para a
unidade de terapia intensiva, foi mantida sedada e respirando com ventilação
mecânica. Na UTI, considerou-se a hipótese da existência de outras doenças,
secundarias, que pudessem ser o agente da relativa gravidade do caso. Por conta
disso, foram recolhidas sorotipos para a realização de exames para doenças,
tais como, HIV, toxoplasmose, mononucleose e citomegalovírus, porém todos
obtiveram resultados negativos. Após a paciente ser submetida ao tratamento, ela
apresentou melhora significativa, podendo sair da UTI 24 horas depois e, depois
de 3 dias ,recebeu a alta do hospital.
Ainda que haja discordância na área médica sobre a
recomendação da amigdalectomia primária ou tratamento conservador (recorrendo à
amigdalectomia apenas em casos recorrentes), há concordância quanto à
realização de punção amigdaliana para esvaziar o abscesso antes do procedimento
cirúrgico propriamente dito. De acordo com a conduta cirúrgica, outra controvérsia
é a indicação de anestesia: pode ser aplicada na punção com esvaziamento, mas,
de acordo com a literatura, a drenagem cirúrgica sob anestesia geral é a melhor
forma de garantir a patência das vias aéreas.
Sendo assim, conclui-se que o preparo cirúrgico
relacionado à planejamento anestésico e adequada indicação são fundamentais
para prevenção de complicações após drenagem do abscesso periamgdaliano.
Link
para acesso ao artigo: http://www.scielo.br/pdf/rba/v52n5/v52n5a09.pdf
Acessado em 20/09/2017.
BM 161 - G4 : Ana Cecilia, Ariel Fontes, Gabriela Calafate e Tacio Monteiro.
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