quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Sensibilidade a antibióticos, a agentes desinfetantes e a agente antisséptico (Grupo 4)


RESULTADOS DOS TESTES DE SENSIBILIDADE A ANTIBIÓTICOS, A AGENTES DESINFETANTES E A AGENTE ANTISSÉPTICO

Os resultados apresentados nesta postagem são referentes à prática de verificação da sensibilidade a antibióticos e a dois agentes e a um antisséptico. Esta foi realizada no dia 11 de outubro de 2018. As leituras dos resultados ocorreram no dia 01 de novembro de 2018.
Destaca-se que, para a deposição dos discos de antibiótico e dos discos de papel umedecidos em agentes desinfetantes no meio, foram utilizadas pinças metálicas previamente aquecidas em bico de Bunsen. Todas as manobras assépticas foram empregadas.
É importante mencionar, ainda, que as duas placas de Petri nas quais foram introduzidos discos de antibiótico apresentavam, anteriormente, ágar Müeller Hinton. À placa de Petri cujo meio correspondia ao ágar nutriente, foram adicionados os discos de papel embebidos em duas soluções desinfetantes e em uma antisséptica.


1.        DEFINIÇÕES IMPORTANTES

A fim de que os resultados posteriormente apresentados sejam compreendidos, é necessário que se conheçam os conceitos de "antibiograma", "agente antisséptico" e "agente desinfetante". 
O antibiograma é o resultado de uma análise que tem como objetivo verificar a sensibilidade de bactérias a antibióticos. A análise é feita dispondo-se de um filtro de papel contendo concentrações conhecidas do agente antimicrobiano sobre um meio inoculado com colônias isoladas de um meio.
Após um período de incubação, são formados discos que mostram o quanto a droga foi difundida para o meio, evidenciando regiões em que o crescimento do microrganismo foi inibido (trata-se da zona de inibição). Para a análise em questão, é utilizado um meio sólido.
O tamanho do disco formado é inversamente proporcional à concentração do agente antibiótico. Destaca-se que, quanto mais distante um ponto da zona de inibição está, menor é a concentração do antibiótico nele. A partir de uma certa distância, é verificada a CIM (concentração inibitória mínima, a qual se trata da menor concentração que é necessária para se inibir o crescimento do microrganismo). Além desta região de CIM, pode haver o crescimento do microrganismo.
Os agentes antissépticos são aqueles que inibem o crescimento de microrganismos ou os matam. Eles são atóxicos aos tecidos vivos, sendo seu uso, portanto, permitido nestes.
Os agentes desinfetantes atuam matando microrganismos, mas não necessariamente os endósporos. Eles são utilizados, geralmente, em objetos inanimados.


2.         VERIFICAÇÃO DE SENSIBILIDADE A ANTIBIÓTICOS

Na Tabela 1, estão dispostos os diagnósticos referentes à resposta da bactéria E.coli aos antibióticos penicilina, tetraciclina, trimetropim, estreptomicina, ceftazidima e gentamicina, os quais foram dispostos em ágar Müller Hinton.
É importante destacar que o halo formado ao redor do disco de ceftazidima não adquiriu um formato que permitisse a obtenção de uma medida em milímetros. Dessa maneira, o diagnóstico para ele foi inconclusivo. O formato esperado era circular.
Ressalta-se que o halo de inibição para sensibilidade não foi exposto na tabela para a penicilina nem para a trimetropim porque o diagnóstico obtido para essas drogas foi de resistência (durante a prática, comparou-se o valor de halo obtido com o valor indicativo de resistência, mas este não foi apresentado na presente publicação por questões de simplificação).



Tabela 1: Diagnósticos referentes aos halos de inibição obtidos para cada antibiótico em ágar Müller Hinton.



ANTIBIÓTICO
DISCO
HALO DE INIBIÇÃO
(mm)
HALO OBTIDO
(mm)
DIAGNÓSTICO


Sensível


Penicilina
10 µg

*
Resistente
Tetraciclina
30 µg
≥ 15
28
Sensível
Trimetropim
05 µg

*
Resistente
Estreptomicina
10 µg
≥ 30
31
Sensível
Ceftazidima
30 µg
≥ 20
*
Inconclusivo
Gentamicina
10 µg
≥ 30
29
Intermediário




As Figuras 1 e 2 apresentam, visualmente, os resultados tabelados.



Figura 1. Meio ágar Müllher Hinton contendo E. coli e os antibióticos
penicilina (PEN), tetraciclina (TET) e trimetropim (TRI).



Figura 2Meio ágar Müllher Hinton contendo E. coli e os antibióticos
e
streptomicina (EST), gentamicina (GEN) e ceftazidima (CAZ).



2.         VERIFICAÇÃO DE SENSIBILIDADE A AGENTES DESINFETANTES   


Na Figura 3, podem ser observados os discos de papel que continham lisofórmio (agente antisséptico) ou violeta de genciana (agente desinfetante) ou um desinfetante desconhecido. Entretanto, apenas o que continha o violeta de genciana foi identificado na placa.
Para o violeta de genciana, houve uma zona de inibição, embora pequena. Portanto, conclui-se que tal desinfetante mata, em algum grau, a bactéria E. coli.
Considerando-se os halos observados para os dois outros discos de papel, pode-se afirmar que o lisofórmio inibe ou mata os microrganismos em determinado grau e que o desinfetante desconhecido mata as bactérias E.coli em certo grau. 
Como é possível concluir, não foi possível determinar em que grau o crescimento da E.coli é inibido na presença de tais agentes, uma vez que não havia uma tabela padronizada para ser utilizada como parâmetro. Dessa forma, não houve a necessidade da medição dos halos correspondentes.
Por tal razão, embora os discos contendo lisofórmio ou o desinfetante desconhecido não tenham sido distinguidos na placa, apenas o fato de ambos terem permitido a inibição da bactéria em questão foi suficiente para o resultado qualitativo em questão.


Figura 3. Meio ágar nutriente contendo três discos de papel, um umedecido
em lisofórmio, outro em violeta de genciana e outro em desinfetante desconhecido.




            3.        BIBLIOGRAFIA


MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock [recurso eletrônico]. Tradução por Alice Freitas Versiani et al. Porto alegre: Artmed, 2016.

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