quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Classificação dos Seres Vivos segundo Aristóteles, Lineu, Ernst Haeckel, Robert Wittacker e Carl Woese

O ser humano, desde sua origem, tenta classificar os seres vivos, na tentativa de compreender o mundo à sua volta. Tal classificação evoluiu de classificações rudimentares, como: animais para caçar e animais para fugir, plantas comestíveis e não comestíveis para uma classificação complexa.  Essa forma, baseada na hierarquia de grupos como gêneros, espécies, famílias, dentre outros, gerou a ciência hoje chamada de Taxonomia.
Dentre algumas das concepções mais antigas de como classificar os seres vivos está a de Aristóteles. O filósofo grego diferenciava os seres a partir de presença ou ausência de sangue vermelho ou por tipo de reprodução. Entretanto, Aristóteles também classificou os seres em dois grandes grupos: Os animais, caracterizados pelo movimento e as plantas, que eram estáticas. Ambos os grupos eram subdivididos em relação ao ambiente habitado por tais seres, como em, por exemplo: terrestre, aquático, aéreo e etc.

Séculos mais tarde,  o professor Sueco Karl von Linné cria um sistema mais completo e complexo de classificação dos seres vivos, que é descrito pelo mesmo em seu livro Species Plantarum, de 1753.
Lineu, como Linné é referido na língua portuguesa, desenvolveu um sistema de classificação de seres baseado em hierarquias, partindo do Reino e indo até a espécie. A partir de tais hierarquias, o professor criou um sistema de nomenclatura binomial de seres, a partir do nome do gênero e da espécie do ser, utilizando-se do latim para tal.

Grande parte do sistema taxonômico de Lineu ainda é utilizado atualmente na ciência, como, por exemplo,
as regras que regem as nomenclaturas e classificações de plantas e fungos que , por exemplo, estão contidas no código internacional de nomenclatura botânica, mantido pela associação internacional para taxonomia das plantas.
Com o surgimento da teoria da evolução de Charles Darwin, o biólogo Ernst Haeckel começou a aplicá-la à taxonomia. Ernst dizia que, a partir da teoria de Darwin, não era mais aceitável agrupar os seres baseando-se somente em características similares aos mesmos, deve-se classificar os seres baseando-se também em seu processo evolutivo. A primeira árvore filogenética foi publicada em seu livro General Morphology of Organisms, de 1866. Tal árvore incluía o ser humano como um dos seres classificados em família, gênero e espécie.

Haeckel, a partir de seus estudos, propôs a adição de um novo reino aos já existentes. Seria o reino protista, que agrupava organismos unicelulares já que, para Ernst, não era possível distinguir animais de plantas em tais organismos. Inicialmente, haviam eucariontes e procariontes no reino protista, o que dificultou o reconhecimento do reino em outros estudos.

Já no século 20, Robert Whittaker desenvolveu o sistema taxonômico baseado em cinco reinos. Whittaker argumentava que a dicotomia entre plantas e animais era artificial. Robert discordava das teorias de Herbert Copeland, que havia publicado outra forma de se classificar os seres vivos além das plantas e animais. Whittaker dizia que uma grande quantidade de seres eucariotos que foram incluídos por Copeland no reino Protista não pertenciam a tal reino.
Para Robert, bactérias e algas eram organismos muito diferentes evolutiva e ecologicamente para serem incluídos no mesmo reino. Whittaker considerava a função ecológica dos seres mais importante para sua classificação do que relações puramente filogênicas.

A partir de tal visão, Robert criou o reino Fungi, pois os fungos eram, segundo ele, unidos em seu papel ecológico de decompostores. Para fundamentar ainda mais a criação de tal reino, Whittaker fez menção a estudos na época recentes que apontavam para uma origem filogênica diferenciada para os fungos.

Whittaker também sugeriu a dissolução do reino Protoctista e a criação do reino protista, o qual seria puramente unicelular.

Assim, Whittaker propôs a divisão de cinco reinos: Alimalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista, utilizados até hoje.

Carl Woese percebeu que todos os cinco reinos poderiam ser agrupados em três domínios, de classe maior que os reinos: Archea, Bacteria e Eukarya.


Assim, pode-se concluir que o ímpeto por uma classificação cada vez mais completa e eficiente dos seres vivos é uma necessidade constante da ciência e que motivou mentes brilhantes, como as de Aristóteles, Lineu, Haeckel e Whittaker a desenvolverem evoluções no campo da Taxonomia.

10 comentários:

  1. Gostei muito do conteúdo usado na introdução do texto e do modo simples que o mesmo foi dirigido, sem perder o foco na classificação dos seres. Também achei muito interessante a conclusão que relacionou os cientistas com o conteúdo da introdução.

    ResponderExcluir
  2. Muito bom a forma como dissertaram o texto.Uma forma simples e eficaz que assim facilita o entendimento e compreensão do assunto.

    ResponderExcluir
  3. brincadeira, isso me ajudou muito :)

    ResponderExcluir