quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Microscopia

Lâmina analisada: Bacillus
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Coloração de Gran
Grupo Bacillus

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Classificação dos Seres Vivos segundo Aristóteles, Lineu, Ernst Haeckel, Robert Wittacker e Carl Woese

O ser humano, desde sua origem, tenta classificar os seres vivos, na tentativa de compreender o mundo à sua volta. Tal classificação evoluiu de classificações rudimentares, como: animais para caçar e animais para fugir, plantas comestíveis e não comestíveis para uma classificação complexa.  Essa forma, baseada na hierarquia de grupos como gêneros, espécies, famílias, dentre outros, gerou a ciência hoje chamada de Taxonomia.
Dentre algumas das concepções mais antigas de como classificar os seres vivos está a de Aristóteles. O filósofo grego diferenciava os seres a partir de presença ou ausência de sangue vermelho ou por tipo de reprodução. Entretanto, Aristóteles também classificou os seres em dois grandes grupos: Os animais, caracterizados pelo movimento e as plantas, que eram estáticas. Ambos os grupos eram subdivididos em relação ao ambiente habitado por tais seres, como em, por exemplo: terrestre, aquático, aéreo e etc.

Séculos mais tarde,  o professor Sueco Karl von Linné cria um sistema mais completo e complexo de classificação dos seres vivos, que é descrito pelo mesmo em seu livro Species Plantarum, de 1753.
Lineu, como Linné é referido na língua portuguesa, desenvolveu um sistema de classificação de seres baseado em hierarquias, partindo do Reino e indo até a espécie. A partir de tais hierarquias, o professor criou um sistema de nomenclatura binomial de seres, a partir do nome do gênero e da espécie do ser, utilizando-se do latim para tal.

Grande parte do sistema taxonômico de Lineu ainda é utilizado atualmente na ciência, como, por exemplo,
as regras que regem as nomenclaturas e classificações de plantas e fungos que , por exemplo, estão contidas no código internacional de nomenclatura botânica, mantido pela associação internacional para taxonomia das plantas.
Com o surgimento da teoria da evolução de Charles Darwin, o biólogo Ernst Haeckel começou a aplicá-la à taxonomia. Ernst dizia que, a partir da teoria de Darwin, não era mais aceitável agrupar os seres baseando-se somente em características similares aos mesmos, deve-se classificar os seres baseando-se também em seu processo evolutivo. A primeira árvore filogenética foi publicada em seu livro General Morphology of Organisms, de 1866. Tal árvore incluía o ser humano como um dos seres classificados em família, gênero e espécie.

Haeckel, a partir de seus estudos, propôs a adição de um novo reino aos já existentes. Seria o reino protista, que agrupava organismos unicelulares já que, para Ernst, não era possível distinguir animais de plantas em tais organismos. Inicialmente, haviam eucariontes e procariontes no reino protista, o que dificultou o reconhecimento do reino em outros estudos.

Já no século 20, Robert Whittaker desenvolveu o sistema taxonômico baseado em cinco reinos. Whittaker argumentava que a dicotomia entre plantas e animais era artificial. Robert discordava das teorias de Herbert Copeland, que havia publicado outra forma de se classificar os seres vivos além das plantas e animais. Whittaker dizia que uma grande quantidade de seres eucariotos que foram incluídos por Copeland no reino Protista não pertenciam a tal reino.
Para Robert, bactérias e algas eram organismos muito diferentes evolutiva e ecologicamente para serem incluídos no mesmo reino. Whittaker considerava a função ecológica dos seres mais importante para sua classificação do que relações puramente filogênicas.

A partir de tal visão, Robert criou o reino Fungi, pois os fungos eram, segundo ele, unidos em seu papel ecológico de decompostores. Para fundamentar ainda mais a criação de tal reino, Whittaker fez menção a estudos na época recentes que apontavam para uma origem filogênica diferenciada para os fungos.

Whittaker também sugeriu a dissolução do reino Protoctista e a criação do reino protista, o qual seria puramente unicelular.

Assim, Whittaker propôs a divisão de cinco reinos: Alimalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista, utilizados até hoje.

Carl Woese percebeu que todos os cinco reinos poderiam ser agrupados em três domínios, de classe maior que os reinos: Archea, Bacteria e Eukarya.


Assim, pode-se concluir que o ímpeto por uma classificação cada vez mais completa e eficiente dos seres vivos é uma necessidade constante da ciência e que motivou mentes brilhantes, como as de Aristóteles, Lineu, Haeckel e Whittaker a desenvolverem evoluções no campo da Taxonomia.

Classificação dos seres vivos

 Desde a antiguidade, o ser humano sente a necessidade de classificar, de organizar o mundo em que se vive. A classificação dos seres vivos começou muito antes dos homens saberem que seres microscópios existiam, antes de chegarem as profundezas do oceano. Então veja a seguir algumas formas de organização dos seres vivos e sua evolução.

Aristóteles
A primeira fase de classificação dos seres vivos começou com o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), nesta época os naturalistas tinham ao seu dispor apenas seres vivos que poderiam ser vistos a olho nu, pois não havia o conhecimento do microscópio, tendo apenas o universo dos seres macroscópico conhecido. Aristóteles reconheceu os seres vivos por dois grandes grupos: das plantas, que não são dotados de movimento, e os animais, que se movimentam. A partir desses foi criado subgrupos que levavam em consideração o ambiente em que viviam, caracterizados como aéreos, aquáticos, e terrestres. Aristóteles, contudo aprofundou seus estudo no grupo dos animais, descrevendo cerca de 500 tipos diferentes que chamou de espécies e agrupou em categorias como aves e mamíferos, sendo o primeiro a dividir os animais em vertebrados e invertebrados. A classificação mais profunda do grupo plantas ficou por conta do discípulo de Aristóteles.

Carl Linnaeus
Lineu, como é mais conhecido, usou como critério para classificação dos seres características estruturais e anatômicas. A partir dessas divisões, ele criou um sistema hierárquico, onde dentro de cada classificação há uma mais especifica, e assim, organizou melhor a divisão de Aristóteles. No topo da hierarquia está o reino. Dentro do reino, há filos. Dentro dos filos, há classes, então ordem, família, gênero e espécie. Com essa forma de organização veio junto a forma de nomear as espécies que é utilizada até hoje, a nomenclatura binomial. Apesar de ter criado uma organização em hierarquia, Lineu não tinha em mente a evolução das espécies, pois era criacionista e acreditava que o número de espécies é o mesmo desde a criação divina, e que seria o mesmo para sempre.

ANTROPOLOGIA. A classificação dos seres vivos - lineu e o sistema da natureza. Disponível em: <http://antropologiaced4guara.blogspot.com.br/2015/02/a-classificacao-dos-seres-vivos-lineu-e.html>. Acesso em: 06 set. 2016.


Ernst Haeckel
Até a classificação de Lineu, só existiam dois reinos: Animal e Vegetal. Então Haeckel sugeriu a implementação de mais dois reinos, o Monera e o Protista. Além da sua contribuição para a taxonomia, Haeckel também era defensor de Darwin e era adepto da ideia de que o desenvolvimento embrionário é um marco na evolução. Sendo assim, criou uma teoria chamada “Lei da Biogenética”, onde dizia que todos os seres existentes vieram de um ancestral comum, e “comprovava” isso por meio das similaridades embrionárias que ele próprio desenhava. Porém essa lei não era totalmente honesta, e apesar de muito popular, caiu por terra.
WIKIMEDIA COMMONS. Kunstformen der natur. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/kunstformen_der_natur>. Acesso em: 07 set. 2016.

Robert Harding Whittaker

Whittaker propôs em 1969 uma nova classificação dos organismos, em cinco reinos, que é a classificação atualmente adotada. Esses reinos, são classificados basicamente a partir de sua organização celular e da forma como obtém alimento.
  • ·         Reino animalia: possui seres vivos heterótrofos, pluricelulares e eucariontes
  • ·         Reino plantae: possui seres vivos autótrofos, pluricelulares e eucariontes.
  • ·         Reino fungi: possui seres vivos pluricelulares, heterótrofos e eucarióticas.
  • ·         Reino protista: possui seres vivos unicelulares e pluricelulares, heterotróficos e autotróficos e eucariontes.
  • ·         Reino monera: possui seres vivos unicelulares, procariotas e autotróficos.


Carl Woese
Carl Woese propôs uma visão mais detalhista sobre os seres vivos. Comparando sequencias de RNA ribossômico de organismos distintos, Woese pôde chegar à conclusão de que poderia aplicar um olhar evolutivo. Concluiu que seres procariotos não tinham uma coerência de acordo do ponto de vista evolutivo, e por conta disso resolveu dividir procariontes em dois subgrupos: Archaea e Bactéria. Criou-se então a arvore filogenética da vida, um diagrama que representa a evolução das espécies, onde foi dividida em três domínios: Eucarya (eucariotos), Archea e Bacteria (ambos procariotos). Para Woese o domínio Bactéria seria a raiz de tudo, logo, seus grupos posteriores seriam Archaea e Eucarya. Isso nos leva a reflexão de que tudo o que há veio das bactérias e por um processo evolutivo se ramificou em outros domínios. Apesar de parecer simples, Woese sempre pensou que poderiam haver outros organismos que poderiam disputar as raízes da arvore da vida com o domínio bactéria. Podemos evidenciar que Woese foi o grande mentor do domínio Archaea, pois até então a arvore da vida era dividida em procariontes e eucariontes. Woese confirmou que existem organismos procariontes, mas que eles não são absolutamente iguais. Archaeas são organismos que vivem em ambientes extremos e bactérias podem ser encontradas em quase todos os ambientes. Essa maneira de viver mostra que sua genética é diferente, podendo ser classificadas como organismos diferentes. Deixemos claro que o foco de Woese foi os procariontes, deixando um pouco de lado os eucariontes.

TRABALHOS ESCOLARES. Arvore filogenética. Disponível em: <http://www.trabalhosescolares.net/arvore-filogenetica/>. Acesso em: 07 set. 2016.

Bibliografia
ANTROPOLOGIA. A classificação dos seres vivos - lineu e o sistema da natureza. Disponível em: <http://antropologiaced4guara.blogspot.com.br/2015/02/a-classificacao-dos-seres-vivos-lineu-e.html>. Acesso em: 06 set. 2016.
ENTENDENDO A EVOLUÇAO. Evolução e desenvolvimento primitivos: ernst haeckel. Disponível em: <http://www.ib.usp.br/evosite/history/early_evodevo2.shtml>. Acesso em: 06 set. 2016.
TODA MATERIA. Classificação dos seres vivos. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/classificacao-dos-seres-vivos/>. Acesso em: 06 set. 2016.
WIKIPEDIA. Taxonomia de lineu. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Taxonomia_de_Lineu>. Acesso em: 06 set. 2016.
EBAH. Classificação dos seres vivos. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/abaaabbm8al/classificacao-dos-seres-vivos>. Acesso em: 05 set. 2016.

WIKIPEDIA. Robert Whittaker. Disponível em: <https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Robert_Whittaker>. Acesso em: 07 set. 2016.

Classificação dos seres vivos



Classificação dos seres vivos

O sistema de racionalização do homem permite que ele classifique discriminadamente tudo o que está ao seu redor. Unindo essa capacidade ao profundo interesse pela natureza, muitos pesquisadores e pensadores ordenaram as espécies da natureza em grupos. À medida em que a ciência avançou, esses grupos foram classificados de diversas formas que se distinguem de acordo com a época e o pensamento do pesquisador.
Dentre vários tipos de classificações, cinco delas, descritas por cinco diferentes pesquisadores, serão abordadas nesse texto.


Aristóteles

Aristóteles nasceu em 384 a.C. na Grécia. Escreveu várias obras em diversas áreas de estudo e a biologia foi uma delas. O filósofo passou os últimos 12 anos da sua vida estudando os seres vivos e foi o primeiro a dividir os seres em vertebrados e invertebrados. A partir da concepção de que a natureza  produz tudo com um objetivo final não existindo acasos, Aristóteles procura utilizar a sistematização para classificar os seres vivos.
Aristóteles separa os seres em grupos segundo atributos que são comuns a determinados grupos. Ele difere os animais por comparação. Primeiramente, dividiu os seres vivos em dois grupos amplos: os animas sanguíneos e os sem sangue. Com, por exemplo, os estudos em animais dissecados, o conhecimento de Aristóteles nessa área se aprofundou ao longo do tempo. Com isso, classificou os seres vivos em seis grupos, subdivisões dos grupos mais abrangentes:
  • Animais com sangue:
  1. Vivíparos: seres humanos, quadrúpedes (gado), cetáceos (baleias e golfinhos)
  2. Ovíparos: animais terrestres ou aquáticos gerados a partir de ovos
  3. Ovovivíparos: Peixes cartilaginosos e víboras
  • Animais sem sangue
  1. Larvíparos: formigas, aranhas, vespas...
  2. Insetos: moscas, besouros...
  3. Testáceos
Aristóteles classificou, também, as plantas. Essas foram divididas nas seguintes categorias:
  1. Árvores
  2. Arbustos
  3. Ervas
  4. Hortaliças
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Dois reinos: Aristóteles até Lineu

Karl Von Linné


Karl Von Linné nascido em 23 de maio de 1707, foi um botânico, médico e zoólogo sueco, conhecido em português como Lineu, de grande importância para a classificação dos seres vivos, sendo considerado o pai da taxonomia moderna. Foi o criador da classificação científica e da nomenclatura binominal. Lançou em 1735 o Systema Naturae, em que dividia a natureza em três grandes reinos: Animal, Vegetal e Mineral. Para poder dividir a natureza, criou cinco categorias: classe, ordem, família, gênero e espécie.
A nomenclatura binominal segue as seguintes regras:
  • O nome científico é composto por duas palavras. A primeira se refere ao gênero e o segundo caracteriza a espécie, o epíteto especifico.
  • O nome científico, quando escrito, deve estar em itálico; caso escrito à mão, o nome é grifado.
  • A primeira palavra deve iniciar com letra maiúscula e a segunda com minúscula.

Robert Harding Whittaker


Robert Harding Whittaker nascido em 27 de dezembro de 1920 foi um importante biólogo,botânico e ecologista norte-americano. Em 1969 ele propôs uma nova classificação dos seres vivos, desta vez em cinco reinos (classificação adotada atualmente). Ele altera o nome de protoctista para protista.
Whittaker divide os reinos pelo tipo de nutrição do ser vivo e pela organização de suas células; realçando os três possíveis modos de nutrição:fotossíntese (autotróficos), absorção(saprófitos) e ingestão (heterotróficos). Ou seja, sua classificação é ecológica e não filogenética.
Os grupos classificados por Whittaker estão divididos abaixo:
  • Monera : inclui os organismos procarióticos bactérias e algas azuis.
  • Protista : os protozoários (seres eucarióticos, unicelulares e heterotróficos) e as algas (eucarióticos, unicelulares e autótrofos fotossintetizantes com pouca diferenciação das células)
  • Fungi: os fungos, uni ou pluricelulares, heterótrofos e não possuem tecido organizado.
  • Plantae (ou Metaphyta): os vegetais, eucarióticos, multicelulares, que possuem clorofila e tecidos organizados (algas, briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas)
  • Animalia (ou Metazoa): todos os animais, multicelulares, heterótrofos, de células eucarióticas.
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Carl Richard Woese


Carl Richard Woese nascido em 15 de julho de 1928 ,foi um microbiologista americano que se tornou famoso ao definir os Archaea em 1977, pela análise filogenética do RNA ribossômico 16S, uma técnica em que também ficou marcado como pioneiro.
A partir dos estudos de C. Woese, o sistema de classificação passou a ser baseado principalmente em aspectos evolutivos (filogenética), a partir da comparação das sequências de rRNA de diferentes organismos. Com esta nova proposta de classificação, os organismos são agora subdivididos em 3 domínios (contendo os 5 reinos), empregando-se dados associados ao caráter evolutivo.
  • Archaea: Procariotos
  • Bacteria: Procariotos
  • Eukarya: Eucariotos
A princípio, acredita-se que estes 3 domínios divergiram a partir de um ancestral comum. Provavelmente os microrganismos eucarióticos atuaram como ancestrais dos organismos multicelulares, enquanto as bactérias e archaeas correspondem a ramos que não evoluíram além do estágio microbiano.
Archaea: são organismos procariotos que, frequentemente são encontrados em ambientes cujas condições são bastante extremas (semelhantes às condições ambientais primordiais na Terra), sendo por isso, muitas vezes considerados como sendo “ancestrais” das bactérias. No entanto, hoje em dia considera-se as archaeas como um grupo “intermediário” entre procariotos e eucariotos. Muitos destes organismos são anaeróbios, vivendo em locais considerados “inabitáveis” para os seres humanos,e muitas archaea são metanogênicas. Genericamente, pode-se dizer que as Archaeas definem os limites da tolerância biológica às condições ambientais.
Bacteria: Estes organismos correspondem ao grupo dos procariotos, anteriormente classificados como eubactérias, representadas pelos organismos patogênicos ao homem, e bactérias encontradas nas águas, solos, ambientes em geral. Dentre Exemplo destas são as cianobactérias e outras quimiossintetizantes,enquanto outras utilizam apenas substratos inorgânicos para seu desenvolvimento.
Eukarya: Este agrupamento compreende as algas, protozoários e fungos (além das plantas e animais).
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Ernst Haeckel


Ernst Haeckel nasceu em Potsdam, na Prússia, em 16 de fevereiro de 1834. Apresentou interesse pela zoologia, mas acabou se formando em medicina no ano 1857. Pode ser caracterizado como um grande defensor de Darwin, e também ajudou a popularizar o trabalho do mesmo.
Haeckel estava na tentativa de reconstituir o ciclo completo da evolução dos seres vivos desde os animais unicelulares até os homens. Baseado nesse estudo declarou sua Lei Biogenética fundamental. Segundo essa teoria de Haeckel, o embrião de um ser humano dava início ao seu desenvolvimento por meio de um ovo fertilizado, bem parecido à primeira célula do planeta.
Essa teoria pode ser divida em fases: a "fase lombriga" ocorre devido às sucessivas divisões celulares, surgindo então um embrião bem estruturado; em seguida a "fase peixe" ocorre pelo desenvolvimento de músculos e vértebras nesse "corpo"; a "fase anfíbio" é caracterizada pelo aparecimento das mãos e pés; por fim a "fase humana" que é quando todos os órgãos estão formados.
   Porém, essa teoria levou a bastante polemica na época. Haeckel adulterou seus desenhos de um embrião e usou para ter mais embasamento em sua teoria. O naturalista foi condenado em um tribunal confessando falsificação de apenas alguns desenhos, e assim a Lei da Biogenética vem sendo cada vez mais desacreditada.

Classificar os seres vivos é fundamental no momento de estudá-los. Por isso, uma padronização é necessária. Com a contribuição de cada pesquisador ao longo do tempo, pôde-se formar o modelo de classificação dos seres vivos que é conhecido atualmente. Assim, todos esses pesquisadores são muito importantes na história da ciência.

Referências Bibliográficas
CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS. Taxonomia e sistemática.Disponível em <http://classificacao-dos-seres-vivos.info/taxonomia-e-sistematica.html> Acesso em 05/09/2016
ARAGUAIA, Mariana. Nomenclatura binomial de Lineu. Disponível em<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/nomenclatura-binomial-lineu.htm> Acesso em 05/09/2016
ABREU, Yma Souza de. O método do Aristóteles para o estudo dos seres vivos. Disponível em <http://www.mast.br/arquivos_sbhc/91.pdf> Acesso em 05/09/2016
ARISTÓTELES. Ciência e explicação. Disponível em <http://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/ciencia_explicacao.html> Acesso em 05/09/2016
ARIZA, Fabiana Vieira; MARTINS, Lilian Al-Chueyr Pereira. A scala naturæ de Aristóteles no tratado De Generatione Animalium. Disponível em <http://www.abfhib.org/FHB/FHB-05-1/FHB-05-1-02-Fabiana-Ariza-Lilian-Martins.pdf> Acesso em 05/09/2016
SIMBIÓTICA. Classificação em reinos. Disponível em <http://simbiotica.org/reinos.htm> Acesso em 05/09/2016

Classificação dos Seres Vivos

                  

                Classificação dos seres vivos 


   Ao longo do tempo, alguns sistemas de classificação foram propostos afim de promover a organização das espécies e indicar o grau de parentesco evolutivo entre elas.
  Segundo a definição do dicionário Aurélio, taxinomia se refere ao ramo da biologia o qual busca classificar os organismos em grupos, de acordo com sua estrutura, origem e outros parâmetros. Enquanto sistemática é um termo utilizado para prestar referência ao estudo dos sistemas e princípios de classificação e nomenclatura. Ambos possuem importância para descrição e entendimento do objetivo dos autores dos sistemas propostos que serão discutidos em breve. 
  Os sistemas de classificação que se baseiam em relações de parentesco evolutivo entre os grupos de seres vivos são chamados naturais, enquanto aqueles que não tomam como base tais conceitos são chamados de artificiais.
  O sistema mais antigo de classificação de seres vivos que se conhece deve-se ao filósofo grego Aristóteles. Ele foi o primeiro a dividir os seres vivos em grupos de acordo com suas características. Aristóteles inicialmente dividiu em dois grandes reinos, os dos animais, que são móveis e vão atrás do seu próprio alimento e o das plantas que são imóveis e que produzem o seu próprio alimento. Posteriormente criou subgrupos de acordo com o meio de cada, sendo seres aéreos, aquáticos e terrestres. Sua classificação serviu de parâmetro para muitos que vieram posteriormente.
  Sabemos que existe uma grande variedade de seres vivos no planeta e cada um recebe um nome popular de acordo com a região onde é encontrado. Porém, seria muito complicado fazer uma troca de informações sobre determinada espécie entre pesquisadores do mundo, uma vez que a espécie em questão possui uma denominação diferente em cada região. 
   Pensando nisso, para o cientista sueco Carl Linnaeus (1707­1778), que apresentou, em 1735, um livro chamado Systema Naturae, onde propôs uma forma de classificação dos seres vivos, assim como regras para a nomenclatura biológica. Seu objetivo era organizar sistematicamente tudo o que pudesse ser encontrado na natureza, dos minerais até o homem. Afim de obter tal sistema, criou a classificação binomial latina, ou seja, para cada elemento um nome composto em latim. Desta forma, qualquer que seja o nome regional da onça pintada, a identificação científica do animal passa a ser: ​​Panthera onca

  Uma vez que os seres obtiveram uma nomenclatura padrão, foi necessário arrumá-los em espécies, gêneros, classes, filos etc.  



Observe abaixo as regras básicas de nomenclatura das espécies:
     A designação é feita em latim, pois sendo uma língua morta, mantém­se imutável, logo, não está sujeita a evolução. 
     Lineu desenvolveu um sistema de nomenclatura binominal, logo o nome da espécie consta sempre de duas palavras: a primeira é um substantivo escrito com inicial maiúscula e corresponde ao nome do gênero a que a espécie pertence; a segunda palavra, escrita com inicial minúscula, designa­se por epíteto específico ou restritivo específico, sendo geralmente um adjetivo. Sendo assim, temos como exemplo o nome científico da abelha ­ Apis mellifera. O restritivo específico identifica uma espécie dentro do gênero a que pertence.
     A designação dos grupos superiores à espécie é uninominal, isto é, consta de uma única palavra, que é um substantivo, escrita com inicial maiúscula.
     Quando uma espécie tem subespécies, utiliza­se uma nomenclatura trinominal para as designar, isto é, escreve­se o nome da espécie seguido de um terceiro termo
     ​             designado por restritivo ou epíteto subespecífico. Exemplo: Papilio thoas brasiliensis;
     O nome da família dos animais obtém­se acrescentando a terminação –idæ à raiz do nome de uma dos gêneros. Nas plantas, a terminação que caracteriza a família é –aceæ. Há, no entanto, algumas excepções.
     Os nomes genéricos, específicos e subespecíficos devem ser escritos em tipo de letra diferente da do texto corrente.
     Quando citar o autor, este deve vir logo após o nome da espécie, escrito com letras normais e sem nenhuma pontuação entre a espécie e ele. Exemplo: Canis familiaris Lin. Isto significa que foi Linnaeus o responsável pela designação cientifica para o cão.
     Pode citar­se a data da publicação do nome da espécie, sendo essa data colocada a seguir ao nome do autor, separada por uma vírgula. Exemplo: Apis mellifera Linnaeus, 1758. 

   Mesmo com as classificações e grupos divididos, é importante salientar que, até o final do século passado, os biólogos agrupavam os seres vivos em dois grandes reinos: Animal e Vegetal. Todavia, em 1899, o grande biólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919) propôs a criação de dois novos reinos: Protista e Monera.
  Ernst Haeckel, realizou estudos microscópicos da enorme variedade de organismos unicelulares, tendo concluído que as primeiras formas de vida teriam sido muito simples, sem a complexidade estrutural que já observava nos unicelulares que estudou. Chamou a esses organismos primitivos moneres, tendo-os dividido em zoomoneres (bactérias) e phytomoneres (cianobactérias). O desenvolvimento de células mais complexas, contendo núcleo, era, na sua opinião, o resultado de diferenciação do citoplasma. Para acomodar estes moneres, bem como outros organismos unicelulares, Haeckel criou um terceiro reino a que chamou Protista. Neste reino colocou todos os seres que não apresentavam tecidos diferenciados, incluindo seres unicelulares e coloniais.
   Além disso, Ernerst Heinrich Philipp August Haeckel que também era naturalista, médico, artista e filósofo na Alemanha do século 19, descreveu e nomeou milhares de novas espécies e criou muitos dos termos ainda usados em biologia, incluindo filogenia, ecologia e protista.
  Haeckel encantou-se com as ideais de Darwin e foi o grande promotor e propagandista da teoria da evolução por descendência e modificação na qual possui uma obra escrita, chamada Natürliche Schöpfungsgeschichte. Nesse livro, são encontradas algumas das ideias centrais do pensamento haeckeliano, como a Lei Biogênica Fundamental. Da mesma forma estão presentes ilustrações que viriam a se tornar importantes na discussão sobre os processos evolutivos, como as que efetuam comparações entre embriões de vertebrados.
  O termo Lei Biogenética Fundamental foi introduzido por Haeckel para denominar sua ideia de recapitulação, ou seja, durante o desenvolvimento embrionário, denominado "ontogenia", o organismo em desenvolvimento passa por estágios que recapitulam as etapas evolutivas pelas quais passaram as espécies ancestrais ao organismo em questão. Esse processo foi chamado de "filogenia". Em resumo, "a ontogenia recapitula a filogenia".
   Assim, para Heackel, a semelhança observada entre embriões de espécies distintas nos estágios iniciais do desenvolvimento seriam indicativos de uma ancestralidade comum e ao longo do tempo esses organismos iriam se diferenciando durante o desenvolvimento embrionário. Logo abaixo, pode-se observar um dos desenhos feitos pelo biólogo para explicar as suas ideias. 





  Em 1969, Robert Whittalker (1924 – 1980), nascido nos Estados Unidos, propôs inicialmente uma classificação dos seres vivos em cinco reinos, acrescentando um reino (Fungi) assim na proposta utilizada anteriormente de quatro reinos.
  A base para a classificação de Whittalker é a ecologia, desse modo, fatores como nível de organização celular – diferencia os procariotos dos eucariotos e os unicelulares dos pluricelulares; modo de nutrição – modo como o organismo obtém o alimento; interações nos ecossistemas – respeitantes às relações alimentares que o organismo estabelece com os restantes dos organismos no ecossistema.  



  Em 1979, houve uma alteração realizada pelo próprio ecologista, onde as algas passam a habitar o reino protista apenas, e não mais o plantae em conjunto. Tendo em vista a boa classificação, essa foi a proposta mais aceita até os dias atuais, apenas uma contribuição significante foi realizada após a época.
  
  Algumas décadas depois, essencialmente com base na comparação de sequências de RNA ribossômico, Woese e seus colegas concluíram que os procariontes não eram um grupo coeso do ponto de vista evolutivo, mas antes composto por dois subgrupos principais, cada um dos quais difere entre si e dos eucariontes. Esta diversidade evolutiva se reflete no genoma e, por sua vez, na bioquímica e na ecologia.
  Assim, a partir dos estudos de Carl Woese, a classificação dos seres vivos começou a se basear por aspectos evolutivo (filogenética).Carl Woese ficou conhecido por propor a substituição da divisão do mundo vivo em dois grandes domínios (procariontes e eucariontes) por uma subdivisão em três domínios: mantiveram os tradicionais eucariontes como o domínio Eucarya, mas em vez dos tradicionais procariontes surgem os domínios Archaea e Bacteria, ao mesmo nível que os Eucarya. A sua classificação reflete a ideia de que a árvore da Vida tem três e não apenas dois ramos.





Classificação dos seres vivos atualmente






                                         Referências Bibliográficas


LINHARES, Sérgio; GEWANDSZNAJDER, Fernando. ​Biologia Hoje:​ Citologia, reprodução e desenvolvimento, histologia e origem da vida. 1. ed. São Paulo: Ática, 2012.

LOPES, Sônia. ​Bio​. São Paulo: Saraiva, 2011.

OLIVEIRA, Patrícia. Disponível em
<​://www.notapositiva.com/resumos/biologia/11taxonomia.htm>​ . Acesso em 03 de setembro de 2016.

​          SANTOS, Vanessa Sardinha Dos. "Nomenclatura binomial"; Brasil Escola​   . Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/biologia/nomenclatura­binomial.htm>. Acesso em 03 de setembro de 2016.
        VIKTOR, Marcelo. História da Biologia e ensino: contribuições de Enrst Haeckel (1834- 1919) e sua utilização nos livros didáticos aprovados pelo PLND 2012- Ensino Médio. São Paulo. Ed: 2013. Disponível em <ile:///C:/Users/fast/Downloads/Dissert_corrigida_Marcelo%20(1).pdf>. Acesso em 04 de setembro de 2016. 




Grupo: Bacillus