segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Grupo Bacillus


Semana passada ocorreu o II Simpósio de Biotecnologia do IFRJ. Dentro de sua programação havia diversas palestras interessantes dos mais diversos temas. No primeiro dia, o auditório da instituição recebeu palestrantes que trouxeram temas como empresas juniores na área biomédica, empreendedorismo e inovação em biotecnologia, o genoma de Rhodnius prolixus e o uso da biotecnologia e ferramentas moleculares na transformação da biomassa em produtos de alto valor. No dia seguinte, novos temas foram abordados, dentre eles, o Projeto Refauna, apresentado pelo Dr. Maron Galliez do IFRJ.

O Projeto Refauna é uma iniciativa científica de ecologia e conservação desenvolvido pelo IFRJ, UFRJ e UFRuralRJ, em parceria com a Fiocruz e UERJ. Seu objetivo geral é restaurar a Mata Atlântica, sua fauna de mamíferos e as interações ecológicas.

Nas últimas décadas a ação humana nos ecossistemas naturas estão afetando cada vez mais espécie da fauna e flora do planeta. Se a taxa de extinção de mamíferos e aves era, historicamente, de uma espécie perdida por cada 500 a 1000 anos, as profundas intervenções das diferentes atividades humanas têm acelerado esse ritmo.

As principais causas para a extinção das espécies são as profundas alterações, ou mesmo a destruição dos habitats. A destruição dos habitats tem se intensificado, principalmente, devido à crescente erosão e desertificação dos solos; à poluição da água, do solo e da atmosfera por substâncias químicas; ao derrame de poluentes nos mares; ao consumo de alguns animais e plantas e à introdução de espécies exóticas pelo homem.

Com menor diversidade de espécies, a vida na Terra torna-se mais sujeita a alterações ambientais. Em contrapartida, quanto mais rica é a diversidade biológica, maior é a oportunidade para descobertas no âmbito da medicina, da alimentação, do desenvolvimento econômico.

Sabe-se que o que resta das florestas e animais nativos do Rio de Janeiro é algo preocupante, não sendo à toa a proteção das matas por Unidades de Conservação, como o Parque Estadual dos Três Picos e a Reserva Ecológica Guapiaçu (REGUA). Ainda assim, diversos animais que habitavam nestes locais não são mais encontrados nos mesmos, dentre eles, a anta, que foi extinta do estado do Rio de Janeiro há cerca de 100 anos, sendo o maior mamífero terrestre da América do Sul, podendo pesar até 300kg.

O projeto atualmente trabalha na reintrodução de cutias e bugios no Parque Nacional da Floresta da Tijuca; e da anta na Reserva Ecológica Guapiaçu e no Parque Estatual dos Três Picos. O interesse é realocar novamente animais de volta para florestas que estes um dia habitaram, porém desapareceram das mesmas devido à caça ou outras atividades humanas.



Oque e o projeto exatamente ? 


 



Apenas 13% do país tem projetos de conservações, sendo apenas 4% destes de proteção integral, ou seja, efetiva realmente. A caça de animais de grande porte é a prevalente no Brasil, e sabe-se que animais mantêm o florestamento por conta dos movimentos de enterrar, carregar sementes e afins.
O clima e o homem principalmente carregaram-se pelo desmatamento desde 15 mil anos atrás, apesar de se intensificar nas últimas décadas. Metade da fauna carioca encontra-se em extinção e para solucionar isso se tem os estudos e projetos de biologia da conservação, ou reintrodução. Há projetos como esses na Austrália, estados unidos, Europa e Ásia.
No projeto Refauna, cerca de 50 animais para cada unidade de conservação são necessários, o que é insuficientemente fornecido pelos cativeiros, diminuindo a capacidade de atuação do projeto. Ainda há processo de discussão com as áreas de reflorestamento para que haja mesmo a reintrodução, sendo necessário o consentimento do governador do local, vizinhos e donos de terra próximos.
Esse projeto teve inicio com a reintrodução de cutias, um dispersor de sementes, na área de preservação da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro. Esses animais foram trazidos do Campo de Santana, foram tratados no Riozoo por veterinários, biólogos e toda uma equipe a fim de verificar as doenças e contaminações do animal. Posteriormente, foram introduzidos aos poucos na zona de reflorestamento, por intermédio de uma cerca, onde os mantinham alimentados, e aos poucos havia adaptações com o ambiente.
Bons resultados foram obtidos a partir desse primeiro experimento, e a reintrodução de macacos também foi avaliada e testada, tendo problemas com a sociabilidade desses animais; uns foram adotados pelos vizinhos da região, outros viviam nas estradas, fatores que trouxeram complicações a reintrodução dessa espécie.
O projeto ainda visa uma expansão, tendo objetivo em reintroduzir toda a fauna em alguns anos. Questões de fornecimento dos animais, verba, acordo com as áreas de florestamento e até mesmo regras da legislação são fatores que freiam esse processo, mas ainda assim os orientadores do projeto mantêm esperanças no alcance do objetivo, o que seria uma ótima perspectiva para todos: população, natureza, até mesmo governo.

Atual projeto
  
Reintrodução das antas na REGUA (Reserva Ecológica de Guapiaçu)

 
 Para a reintrodução de qualquer animal é preciso uma triagem prévia do mesmo para saber se o animal possui, principalmente, alguma doença. A adaptação do animal ao habitat natural é um processo lento e difícil obter sucesso, uma vez que o animal precisa ficar em um cercado fechado, com todos os recursos necessários para a sobrevivência, dentre eles podemos citar: ração, água e abrigo. 
Na REGUA, ocorre o processo de reintrodução das antas. Um animal que pode chegar a 300kg e que necessita de 8kg de ração por dia. O animal fica um determinado tempo nesse cercado e, após esse tempo de adaptação, o cercado é aberto para que o animal possa conquistar novos lugares e começar a ir em busca do necessário para sobrevivência. 
Após todo esse processo de adaptação, a reintrodução da espécie é considerada satisfatória quando o animal consegue sobreviver fora da área cercada, buscando pelo seu próprio alimento e fazendo reprodução.
A principal informaçao passada nesta palestra e que temos que dar valor a nossa fauna, aos nossos animais, pois sempre somos influenciados a adorar a fauna africana, aos elefantes, girafas e afins, enguanto as antas, onça pintada são nossos animais de origem, e sim, eles são bons e importantes para o nosso ecossistema. 

Segue abaixo o link do facebook para mais infromaçoes sobre o projeto 

https://www.facebook.com/refauna/?fref=ts
 

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