quarta-feira, 10 de maio de 2017

Descoberta de 1992, Arquea (Grupo Apocalipse Bacteriano)

    O termo archaea (do grego “antigo”, “velho”) é a denominação dada a um dos domínios de seres vivos. Os seres do domínio archaea são formas de vida antigas e primitivas, acredita-se que arqueas tiveram uma importante função nos primórdios da evolução. Assim como bactérias, suas células são pequenas e cilíndricas podendo ser em espiral ou cilindrica. Até recentemente acreditava-se que as arqueas eram bactérias, apesar de serem organismos procariotas, sendo que a maioria deles habita em ambientes como lagos ou mares bastante salinos, além de pântanos, fontes hidrotermais e outros ricos em gás sulfídrico.
    Algumas características morfológicas das arqueias são semelhantes às das bactérias, incluindo o fato de serem procariotas, isto é, sem a presença de um núcleo delimitado por uma membrana.
Determinadas características das arqueas podem ser encontradas em eucariotas ou em bactérias, como, por exemplo, o fato de geralmente possuírem um único cromossomo circular (como as bactérias) e a possibilidade de seus cromossomos terem mais do que uma origem de replicação (o que se acreditava ocorrer apenas nos eucariotas).
    Algumas das diferenças entre os reinos arquea e bacteria são as seguintes: as arqueias não possuem peptidoglicanos na parede celular, têm a capacidade de produzir metano como resíduo do metabolismo (trata-se de algumas arqueias pertencentes ao filo euryarchaeota e que são chamadas de metanogénios) e podem sobreviver em ambientes extremos de vida.
  • Determinadas espécies desses organismos produzem energia a partir da luz. Isto é possível devido a uma estrutura celular denominada bacteriorrodopsina;
  • As arqueias possuem membrana celular com lipídios que são compostos pela associação de glicerol-éter;
  • O flagelo das arqueias difere, na composição e desenvolvimento, dos das bactérias, sendo chamado de arcaelo;
  • O reino archaea é composto pelos filos korarchaeota, crenarchaeota, euryarchaeota e nanoarchaeota.
    Alguns grupos de arqueas foram descobertos recentemente, primeiro em ambientes terrestres extremos, como fontes de enxofres, lagos salinos e ambientes altamentes ácidos ou alcalinos e em ambientes marinhos extremos, como em águas profundas e em altas temperaturas por isso foram denominadas de arqueas “extremófilas”. Antes de 1992 acreditava-se só se encontrar arqueas em lagos hipersalinos e de similiares ao serem encontrados em outros meios isso mudou a visão geral da comunidade científica.
    Com novas técnicas de estudo com base no sequenciamento de ácidos nucleicos, entretanto, têm demonstrado que as arqueas são muito comuns em ambientes marinhos, não somente na coluna d’água mas também em sedimentos. Algumas arqueas são também conhecidas por viverem simbioticamente, ou seja, quando duas espécies diferentes vivem em conjunto compartilhando vantagens, em esponjas, pepinos e peixes, assim a hipotese de as arqueas são restritas a ambientes extremos é falsa.
  
Bibliografia:



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